Mais mulheres viajam sozinhas ou com as amigas
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Mais mulheres viajam sozinhas ou com as amigas

Mais mulheres viajam sozinhas ou com as amigas

Proibidas de viajar sem autorização dos maridos até 1962 no País, mulheres já são maioria em decidir o destino das viagens e em buscas por intercâmbio

Cada vez mais mulheres pretendem viajar sozinhas. É o que mostra pesquisa realizada pela empresa aérea British Airways feita no Brasil e outros sete países em 2018. Dados apontam que ao menos 50% das brasileiras já viajaram sem acompanhantes na época e pelo menos 56% planejavam fazer viagens sozinhas em um prazo de até seis meses. O mesmo levantamento aponta que 60% das mulheres que viajam sozinhas buscam independência e liberdade. Essa tendência também ficou evidente na pesquisa realizada pela Assist Seguro Viagem, ao destacar que a maioria das compras de planos de seguros de viagem em 2020 foram feitas por mulheres.

Quando não estão viajando sozinhas, elas também preferem viajar em grupo, principalmente com as amigas. É o caso da esteticista e massoterapeuta Chloe Amaral, que sempre viaja com as amigas. Por gostar de trilhas e água, ela destaca que sempre busca ter mais contato com a natureza, procurando por ambientes como praias e cachoeiras. “Eu gosto muito de viajar com amigas íntimas, que conheci na infância. Crescemos fazendo alguns projetos, principalmente de viagens, e, agora que conseguimos nossa independência financeira, conseguimos colocar em prática”, destaca a massoterapeuta, que fez a sua última viagem para Santa Catarina e Paraná em janeiro do ano passado.

Essa realidade também é sentida pelas empresas de hospedagem e turismo. De acordo com o empreendedor do Moriá Village, Neylon Jacob, cerca de 70% das buscas por hospedagens em sua estância são feitas por mulheres. “Percebemos estatisticamente por meio de dados do Instagram, do Facebook e do Google Analytics que as mulheres estão pesquisando mais sobre as diversas referências dos tipos de hospedagens”, destaca Jacob.

Ele afirma que esse contexto está explicitando cada vez mais o conceito da mulher empoderada e independente. “É ela que faz a reserva e se hospeda, muitas vezes, sozinha. Ela vem para a cabana no meio da natureza, mas também mantém a prática de suas atividades cotidianas, como o home office. Isso traduz todo o poder que a mulher tem conquistado nos últimos anos”, explica o empreendedor da estância localizada em Pirenópolis, cidade turística localizada entre Goiânia e Brasília.

Apesar de ser cada vez mais comum as viagens das mulheres sozinhas, o cenário era bem diferente há menos de 100 anos no País. O Código Civil de 1916, por exemplo, impedia mulheres de viajar sem a autorização dos maridos. Somente com a promulgação do Estatuto das Mulheres Casadas, em 1962, que houve a abolição dessa proibição. Porém, foi somente com a Constituição Federal de 1988 que ficou expressa a igualdade entre homens e mulheres no Brasil.

Viagens ao ar livre

Segundo levantamento da plataforma digital Booking.com, durante o período de pandemia, a maioria das mulheres busca viajar para destinos ao ar livre e 58% estão em busca de viagens relaxantes. O Moriá Village foi idealizado justamente para atender a essa parcela da população, especialmente aqueles que pretendem manter mais contato com a natureza. “Nos últimos anos, percebemos uma busca maior de turistas por locais que proporcionem mais tranquilidade e menos aglomerações. Isso ganhou mais relevância com a pandemia, mas já era uma tendência diante do número de pessoas que buscavam fugir da agitação das grandes cidades”, detalha Jacob.

No final do ano passado, Jacob lançou a estância com cabanas voltadas para casais, mas ela também tem se destacado como um bom destino para pessoas que pretendem viajar sozinhas ou duplas de amigos ou amigas. Atualmente, o Moriá conta com duas cabanas prontas das 12 planejadas para o empreendimento. Ela é uma extensão de outra estância, o Shambala Piri, espaço localizado a cerca de 9 km do centro de Pirenópolis.

A primeira é a Sunset Rooftop House, a primeira cabana com lounge no rooftop em Pirenópolis, com spa privativo. Construída em um container, tem acabamento interno todo feito de madeira, “dando uma sensação mais clean e aconchegante, além de cumprir a proposta da temática do campo”, destaca Jacob. Já a segunda casa, a Pop-up Tiny House, também é uma tiny house feita com container e que tem um telhado verde, um deck móvel com mesa e camas retráteis e um cinema a céu aberto. Segundo Jacob, o empreendimento segue o conceito sustentável e minimalista. As duas casas foram idealizadas pela Karacol Containers. Para mais informações, acesse: https://www.temporadaempiri.com.br.