Dia Nacional do Doador de Sangue: entenda como a ação pode ser benéfica para o funcionamento do coração
Saúde

Dia Nacional do Doador de Sangue: entenda como a ação pode ser benéfica para o funcionamento do coração

Especialista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), mostra como a doação de sangue pode diminuir o risco de doenças cardíacas e de alguns tipos de câncer

Mais conhecido como Junho Vermelho, a campanha oficialmente celebrada em 14/06, acontece para incentivar o espírito de solidariedade, conscientizando a população de que doar sangue é um ato de amor ao próximo, e uma atitude que salva vidas. Entretanto, de acordo com estudo divulgado em novembro de 2021, pela farmacêutica Abbott, apenas 19% das pessoas no Brasil são doadores.

Os dados mostram ainda que 23% doam sangue pontualmente, apenas quando algum familiar ou conhecido necessita, e que 48% não têm o hábito de doar sangue. Uma questão preocupante para os profissionais de saúde,  já que, além de contribuir para o bem coletivo, a ação promove uma série de benefícios à saúde do doador, como por exemplo, a redução de risco de doenças cardíacas e de alguns tipos de câncer.

De acordo com o cardiologista hemodinamicista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Ernesto Osterne, nosso sangue é produzido na medula e renovado a cada 120 dias. Esse processo de composição das novas células faz uso do ferro. A doação de sangue faz com que o organismo produza mais células jovens para repor as células que foram doadas e com isso diminui as reservas de ferro e a oxidação dos lipídios, que consequentemente reduz o risco de entupimento das artérias do coração e do cérebro.

Além disso, o ato de doar sangue colabora com a redução de certos tipos de câncer, devido à redução oxidativa. “Quando a pessoa doa sangue, ela passa automaticamente por um processo de renovação das células, o que contribui para a redução de algumas doenças”, explica Osterne.

O médico ressalta ainda que o simples ato de doar sangue é uma forma de cuidar da saúde do coração, pois ao se submeter ao processo, o doador precisa realizar uma bateria de exames para identificação de possíveis doenças infecto-contagiosas. “Os exames são realizados para identificar doenças como por exemplo AIDS, Sífilis, Doença de Chagas, Hepatite B e C, entre outras, e isso permite que a pessoa fique mais atenta à saúde”, enfatiza Ernesto.

Como ser um doador no Distrito Federal 

No DF, as doações podem ser realizadas no Hemocentro de Brasília, sendo que o agendamento pode ser feito por meio do telefone 160 ou (61) 3327-4413. Quem preferir também pode agendar pela internet. Confira o passo a passo de como fazer: http://youtu.be/bYqI6VNyJ7g