A Revolução de 30, a Constituinte e o voto
Geral Rio de janeiro

A Revolução de 30, a Constituinte e o voto

Por Mauro Magalhães – Ex-deputado e empresário.
O aniversário de 92 anos da Revolução de 30 foi comemorado, no último dia 3 de outubro, em universidades e escolas do país.
Eu ainda não era nascido, nessa época, mas aprendi muito sobre o movimento liderado por Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha, Flores da Cunha, entre outros, quando estudei, no primário, em um colégio interno no Alto do Jequitinhonha ( Minas Gerais), dirigido pelo reverendo Cícero Siqueira e por sua esposa, a professora Cecília Siqueira.
Também aprendi muito sobre a Revolução de 30 com alguns amigos getulistas, como, por exemplo, o jornalista e ex-deputado ( pelo PTB de João Goulart ) José Gomes Talarico , entre outros colegas da Assembleia Legislativa, quando fui deputado estadual pela extinta UDN do antigo Estado da Guanabara.
A Revolução de 30 marcou o fim da República Velha e das articulações políticas entre as oligarquias regionais do Brasil que passavam por cima dos interesses do Estado e da Nação.
Além da Revolução de 30 (e das eleições ), em outubro, dia 5 de outubro, comemora-se, ainda, o aniversário de 32 anos da promulgação da Constituição de 1988.
Esse fato histórico, eu presenciei, no plenário da Câmara Federal, em Brasília.
O presidente da Constituinte, o histórico deputado federal Ulysses Guimarães, presidiu a inesquecível sessão solene no Congresso Nacional.
O texto final da carta constitucional ficou composto de 315 artigos, dos quais 245 distribuídos em oito títulos das disposições permanentes e 70 nas disposições transitórias.
Além do relator, Bernardo Cabral, receberam a matéria, aprovada em 2 de setembro, os relatores adjuntos José Fogaça, Konder Reis e Adolfo Oliveira.
Também integraram o comitê da redação final, Afonso Arinos, Nelson Jobim, Luis Vianna Filho, Fernando Henrique Cardoso, Vivaldo Barbosa, Roberto Freire, entre outros.
A elaboração da Constituição Federal de 1988 aconteceu de forma abrangente, com a participação maciça das mais variadas classes sociais e setores produtivos.
A carta constitucional, promulgada no dia 5 de outubro de 1988, representou um grande avanço.
Também neste mês de outubro, 30 de outubro, acontecerão as eleições no segundo turno. Para presidente e governadores (em alguns estados).
A instituição do segundo turno, no Brasil, também se consolidou na Nova República, após o regime militar.
Houve segundo turno, por exemplo, nas eleições presidenciais de 1989, 2002, 2006, 2010 (em 1994 e em 1998 os presidentes foram eleitos no primeiro turno).
Votar, escolher um governante, é um direito fundamental .
Boas eleições para todos , no dia 30 de outubro.