Por Mauro Magalhães – Ex-deputado e empresário.
Em toda a minha longa vida, como político e empresário, há muito tempo eu não via um dia de domingo tão triste, como o do dia 8 de janeiro de 2023.
Primeira notícia triste foi a da morte do meu querido amigo , Roberto Dinamite, conhecido, por todos, como o maior ídolo do Vasco da Gama e da Seleção Brasileira, além de político muito querido, principalmente, pelo povo que o elegeu para a Câmara Municipal, em 1992, e para Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a partir de 1994, por muitos mandatos consecutivos (até 2014).
A segunda notícia triste foi saber que as sedes dos Três Poderes, Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF, sofreram depredações e uma série de violências, que destruíram, principalmente, acervos históricos que estavam lá, desde a inauguração de Brasília, por Juscelino Kubitschek, meu amigo inesquecível.
Por tudo isso, o Brasil ficou duas vezes de luto.
Eu, que sou Fluminense de carteirinha, não pude estar no velório de Roberto Dinamite, em São Januário, e em seu sepultamento, no Cemitério Nossa Senhora de Belém, em Duque de Caxias.
Nascido em Duque de Caxias, em 1954, Roberto Dinamite morreu de câncer.
Pelo Vasco, jogou 21 dos seus 22 anos como profissional . Bateu recorde, como o maior goleador da história do clube, com 708 gols e o atleta com mais jogos disputados (1110 jogos).
Também foi o maior artilheiro do Estádio de São Januário, com 184 gols. Ao lado de Pelé e Rogério Ceni, está entre os únicos jogadores do futebol brasileiro a ter mais de mil jogos por uma equipe.
Foi, ainda, o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro (190 gols) e do Campeonato Carioca (279 gols). Convocado pela primeira vez em 1975, para a Seleção Brasileira, Roberto Dinamite esteve presente nas Copas do Mundo de 1978 e 1982, e fez, vestindo a camisa do Brasil, o gol mais marcante de sua carreira.
Sua última participação na Seleção ocorreu em 1984, quando vestiu a Amarelinha pela última vez sob o comando de Eduardo Antunes Coimbra. Em 1986, mesmo em grande fase pelo Vasco, não foi lembrado por Telê Santana para a Copa do Mundo no México.
Entrou na política em 1992 elegendo-se vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo PSDB. Em 1994 elegeu-se deputado estadual, cargo este onde se reelegeria em 1998, 2002, 2006 e 2010.
Entrou na política em 1992 elegendo-se vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo PSDB. Em 1994 elegeu-se deputado estadual, cargo este onde se reelegeria em 1998, 2002, 2006 e 2010.
Eu, que sempre fui amigo de políticos de todos os partidos e tendências ideológicas, fiquei triste, ao ver a destruição do acervo histórico, em Brasília.
Tenho certeza de que, meus contemporâneos, Juscelino Kubitschek , João Goulart e Carlos Lacerda, os três líderes que assinaram a Frente Ampla, ficariam tristes com a depredação nas casas do Executivo, Legislativo e Judiciário.
Sem palavras para comentar esse fato, espero que todos os políticos se unam neste momento. Para preservar a Democracia.