Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia não têm cura, mas tratamento eficaz sim
Saúde

Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia não têm cura, mas tratamento eficaz sim

Enfermidades são destaques no calendário de saúde neste Fevereiro Roxo. Estratégias para controle e busca de qualidade de vida envolvem ações multidisciplinares, aliados a hábitos saudáveis

Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia são doenças que têm destaque no calendário de saúde neste mês de fevereiro, ou Fevereiro Roxo. Elas apresentam  similaridades entre si, como o fato de serem crônicas e precisarem de tratamento contínuo e multidisciplinar, com apoio de profissionais como reumatologistas, neurologistas, psicólogos e psiquiatras.

Além disso, essas enfermidades exigem mudanças de hábitos como práticas de atividades físicas e a introdução de uma alimentação saudável. Para falar sobre o assunto. Confira a seguir mais informações sobre essas doenças prestadas por especialistas médicos do Órion Complex.

Alzheimer: exercitar o cérebro auxilia nos resultados do tratamento

O Alzheimer é a enfermidade de demência mais comum  do mundo. Só no Brasil, 6% dos 15 milhões dos idosos, acima de 60 anos, são diagnosticados com a doença, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).

De acordo com o neurologista Marco Pedatella, que atende no Centro Clínico do Órion Complex, apesar da incidência maior entre os idosos, a doença pode atingir todas as faixas etárias . O especialista também explica que apesar de ser comumente vinculada às constantes falhas de memória, outros sintomas também são observados nos pacientes. “Dificuldades de atenção, agressividade, hiperatividade, irritabilidade e insônia podem fazer parte do quadro dessa síndrome demencial”, pontua o médico.

O tratamento para essa enfermidade é multidisciplinar, aliando ações medicamentosas com terapias e a prática de hábitos saudáveis. “Atividade física e alimentação saudável são imprescindíveis, além disso é importante exercício contínuo do cérebro, para estimular a independência dos pacientes.”, explica o neurologista.

Lúpus: mulheres jovens são as mais acometidas pela  doença autoimune

Embora suas causas sejam desconhecidas, o Brasil registra um número grande de diagnosticados com a doença. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, estima-se que mais de 65.000 brasileiros sejam portadores de Lúpus, sendo 17.000 do sexo masculino, e os outros 48 mil são mulheres. A doença autoimune gera um desequilíbrio no sistema imunológico e na produção de anticorpos que passam a atacar as estruturas e tecidos do próprio organismo, causando inflamações em diversas partes do corpo especialmente nas articulações, pele, rins, medula óssea, coração, pulmões, olhos e no cérebro.

O Lúpus é mais comum em mulheres jovens, entre os 14 e os 45 anos, mas pode ocorrer desde o nascimento até idades bem avançadas. A enfermidade possui uma extensa galeria de sintomas, mas os mais comuns são: febres constantes, mal estar generalizado, perda de peso, manchas vermelhas na pele (especialmente no rosto em forma de asa de borboleta e em outros locais expostos ao sol), queda de cabelo, sensibilidade à luz, úlceras na boca ou na garganta, dor ou inflamação nas articulações, convulsões, dor abdominal e depressão.

A reumatologista Anna Sylvia Reis, que atende no Centro Clínico do Órion Complex,  explica que o tratamento do Lúpus depende da manifestação apresentada por cada paciente, portanto, as estratégias devem ser individualizadas. O tratamento permite o controle da doença, minimizando os efeitos colaterais dos medicamentos e levando uma boa qualidade de vida aos seus pacientes.

Portanto, em caso  de diagnósticos, é fundamental procurar um reumatologista para orientar sobre o tratamento. “O   profissional orienta sobre a doença, esclarece dúvidas e reforçando a importância do acompanhamento regular em consultas e o uso de medicamentos com estrita orientação médica”, esclarece.

Fibromialgia :  ao menos 3% da população brasileira sofre com o problema, também neste caso mulheres são a maioria

Dados da Associação Brasileira de Fibromialgia revelam que ao menos 3% da população do país sofre com a doença. Essa é outra enfermidade em que as mulheres são as mais afetadas, especialmente aquelas com idade entre 25 e 50 anos.A doença crônica consiste em uma dor difusa, crônica, envolvendo todo o corpo. A reumatologista Anna Sylvia Reis, que atende no Centro Clínico do Órion Complex, diz que normalmente os pacientes não sabem onde está a dor. “Elas apontam para as articulações, sem especificar se a origem é muscular, óssea ou articular. O caráter da dor é bastante variável, podendo ser queimação, pontadas ou peso”, explica, ao destacar que esses sintomas podem se agravar com o frio e em situações de alteração drástica de humor.

Ela  acrescenta que a falta de concentração e problemas de memória também são sintomas comuns nos quadros de fibromialgia. É devido a essas e outras reações que a médica orienta sobre a necessidade de um tratamento multidisciplinar, com profissionais da saúde mental para tratar os gatilhos. Outra dica dada pela especialista é a adesão a hábitos saudáveis. “Exercício físico, principalmente aeróbico  e musculação,  auxilia  em torno de  70% na melhora da dor, além de auxiliar na fadiga, no humor e na qualidade do sono.”