Solicitar diversos orçamentos via WhatsApp, reutilizar itens do ano anterior e aproveitar as compras coletivas são algumas das soluções nesta reta final
O ano letivo se inicia e, com ele, chegam as despesas extras, sobretudo para quem tem filhos em idade escolar. A inflação assusta quando o assunto é volta às aulas. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o material escolar sofreu um aumento de 9,83% em relação a 2022. Diante do desafio de enfrentar esse tipo de despesa, o professor de Ciências Contábeis do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Max Bianchi Godoy dá dicas para economizar no material escolar.
O especialista frisa que antes de ir às compras, o mais inteligente é fazer uma lista dos itens que são indispensáveis para evitar gastos desnecessários. Outra dica importante do docente do CEUB é estabelecer previamente um limite de orçamento e verificar quais materiais serão utilizados primeiro pela instituição de ensino. “Hoje em dia, os estabelecimentos mandam os orçamentos até via aplicativo de mensagem. Antes de comprar os itens, garanta que você não vai gastar mais do que pode”, alerta.
Confira as dicas do especialista do CEUB:
- Reutilização: reaproveite itens escolares antigos ou usados por filhos mais velhos como alternativa sustentável para poupar gastos supérfluos. 2. Pesquisa de Preços: compare preços de lojas online e físicas. Para facilitar, muitas delas atendem WhatsApp ou por e-mail. 3. Fornecedores: assim como nas compras de mercado, na maioria das vezes fica mais barato adquirir itens em estabelecimentos diferentes. Para garantir a economia, fique atento às promoções – alguns descontos valem somente para compras online. 4. Marcas e tendências: vale optar por itens genéricos, que são mais baratos e com qualidade semelhante, do que focar em materiais de grandes marcas. 5. Pagamento: se possível, pague à vista, negociando descontos. Chame o gerente e solicite descontos. Quando o consumidor paga à vista, o lojista deixa de ter despesas com cartão e com taxas administrativas, sendo justo repassar esse ‘custo’ como desconto – principalmente se o pagamento for em dinheiro ou PIX. 6. Parcelamento: cuidado com a possibilidade de dividir em muitas vezes – aparentemente sem juros – pois os acréscimos podem estar embutidos no valor dos produtos. Nesse caso, compare os preços com os de fornecedores para pagamentos à vista e verifique se o valor final dos itens não foi majorado em função da possibilidade de parcelamento. 7. Livros didáticos e literários: itens usados podem ser encontrados em ‘sebos’ e lojas especializadas na venda de livros de segunda mão, o que permite gastar até menos de metade do valor de itens novos. O mesmo serve para mochilas e uniformes escolares. Nesses casos, os itens devem ser examinados para garantir boas condições. 8. Itens de reposição: pesquise uma estimativa da quantidade de papéis, cadernos, canetas, lápis que serão consumidos ao longo do ano e compre em maior quantidade para negociar o valor. 9. Grupos de Pais: a união de pais e responsáveis em redes sociais pode ser muito válida para compartilhar informações sobre preços. Além de verificar os itens mais caros e os mais necessários, funciona bem para compartilhar fornecedores com preços menores.