Carnaval: saiba como se proteger das doenças
Saúde

Carnaval: saiba como se proteger das doenças

O carnaval é um feriado rodeado de diversão, descanso e muita festa. Em todo o país, os blocos e avenidas arrastam multidões e fazem as pessoas de todas as idades cair na folia. Para ter disposição para curtir todos os dias são necessários alguns cuidados que visam manter a saúde e o bem-estar dos foliões, já que a aglomeração, o calor e o contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha podem contribuir para a propagação de doenças. Entre esse grupo de patologias, estão a mononucleose, popularmente conhecida como “doença do beijo” e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Segundo o infectologista do Grupo Sabin, Claudilson Bastos, a mononucleose infecciosa é uma infecção viral que acomete, principalmente, adolescentes e adultos jovens, entre 15 e 25 anos. Entre os sintomas estão febre, dor de garganta e aumento de linfonodos (conhecidos como gânglios ou ínguas) na região do pescoço.  “A principal transmissão é via oral, mas o vírus não é transmitido, apenas, pelo beijo.  Pode ser encontrado em copos mal lavados ou ao dividir canudos”, explica o especialista.

Reduza o risco de adquirir uma Infecção Sexualmente Transmissível

De acordo com o Ministério da Saúde, entre as ISTs mais comuns estão: herpes genital, sífilis, gonorreia, HIV, HPV, hepatites virais B e C. Por isso, durante as festas carnavalescas, é necessário tomar um cuidado essencial: o uso de preservativo. “É importante lembrar que, embora no geral as ISTs apareçam nos órgãos genitais, também podem surgir em outros locais como nas palmas das mãos, língua e até nos olhos. Ao observar qualquer sinal ou tiver qualquer sintoma de algumas dessas infecções, é necessário procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível para uma avaliação”, alerta o especialista.

O médico explica ainda que só um profissional de saúde pode avaliar adequadamente se um corrimento, verruga ou ferida é uma IST ou alguma outra causa. “Algumas dessas infecções muitas vezes não apresentam sinais ou sintomas, e a falta de diagnóstico e tratamento correto pode levar a graves complicações”, alerta Claudilson.

O infectologista explica ainda que o tratamento das ISTs deve ser realizado com todos os parceiros com que a pessoa manteve relações sexuais, mesmo que não tenha aparecido nenhum sintoma. “É imprescindível que todos sejam avaliados para evitar complicações. E o mais importante: o uso de preservativos é o método mais eficaz de evitar essas doenças”, comenta.

Alerta a Sífilis

Entre as ISTs citadas, uma das mais preocupantes hoje em dia é a sífilis. A queda no uso dos preservativos, principalmente no público jovem, é apontada como a maior causa para o aumento da incidência nos últimos anos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2021, foram registrados no Brasil mais de 167 mil novos casos de sífilis adquirida, dos quais 74 mil em gestantes e 27 mil bebês nasceram com a forma congênita, que ocorre quando a  mãe infectada não é tratada ou é tratada de forma não adequada para criança durante a gestação. Até junho de 2022, foram registrados no país 79.587 casos de sífilis adquirida, 31.090 casos de sífilis em gestantes e 12.014 casos de sífilis congênita.

Vacina HPV

Outra IST que tem tido um grande aumento no número de casos e que vem causando preocupação é o Papiloma Vírus Humano, chamado de HPV. De acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), 10% de todos os casos de câncer em mulheres em todo o mundo estão associados ao vírus. Já nos homens, a correspondência é de cerca de 5% de todos os casos.

A vacinação é recomendada a partir dos 9 anos de idade, fase em que a resposta às vacinas é muito mais alta e quando ainda não houve contato com o vírus. Mas as pessoas mais velhas e/ou que já foram infectadas também se beneficiam ao receber o imunizante. A vacina contra o HPV está disponível nas unidades do Grupo Sabin e podem ser adquiridas pelo site da empresa: sabin.com.br. “A realização periódica de exames e o uso de preservativos também estão entre as formas de prevenção ao vírus”, conclui Claudilson.