Parabéns, Rio e João Goulart
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Parabéns, Rio e João Goulart

Por Mauro Magalhães  –  Ex-deputado e empresário.
Fundado,  oficialmente, por Estácio de Sá,  em 1565, o Rio de Janeiro comemora 458 anos de uma vida rodeada de beleza por todos os lados e continua a ser uma das cidades mais bonitas do planeta,  apesar de cenários de desigualdades e problemas urbanos,  causados por inúmeros fatores administrativos e sociais.
Eu,  que de Minas Gerais, para o Rio de Janeiro,  ainda criança, com meus pais e irmãos, tive o privilégio de poder morar,  na minha infância,  em Petrópolis,  Niterói e na cidade do Rio de Janeiro. E, daqui não sairei mais.
Antes de ser fundado, em 1565, o Rio de Janeiro foi avistado,  em 1502, logo após a chegada dos portugueses ao Brasil,  em 1500, por um velejador chamado Gaspar de Lemos, que viu,  pela primeira vez,  a maravilhosa Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar.
A história da fundação da cidade do Rio de Janeiro começou com a invasão dos franceses,  em 1955, que desejavam criar uma colônia no Rio de Janeiro.
Em 1564, os portugueses,  que tinham descoberto o Brasil, em 1500, decidiram organizar uma expedição para expulsar os franceses os franceses do Rio de Janeiro e fundar uma cidade com fortalezas que impedissem ataques de estrangeiros.
Sobrinho do governador Mem de Sá,  Estácio de Sá chegou ao Rio de Janeiro no dia 28 de fevereiro de 1565, com esquadras e soldados,  vindos de Portugal.
O grupo desembarcou entre o Morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar.
E, no dia primeiro de março de 1565 foi fundada a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro,  em homenagem ao rei de Portugal,  Dom Sebastião,  e ao Santo Padroeiro, com o mesmo nome (São Sebastião, homenageado em  20 de janeiro).
Durante séculos,  o aniversário do Rio de Janeiro foi comemorado no dia 20 de janeiro.
Mas,  na década de 60, a celebração passou do dia de São Sebastião para o do desembarque português de Estácio de Sá.
Eu testemunhei,  quando era deputado estadual pelo antigo estado da Guanabara,  em 1965, a grande festa pelo Quarto Centenário do Rio de Janeiro,  em primeiro de março de 1965.
Mais de 10 mil pessoas lotaram o Maracanãzinho,  palco das grandes comemorações e espetáculos,  na cidade.
O bolo preparado para a festa tinha quase 6 metros de altura pesava mais de três toneladas.
O governador era Carlos Lacerda,  que,  logo depois,  rompeu,  naquele mesmo ano,  com o general Castelo Branco,  presidente que assumiu,  após a deposição de João Goulart,  em 1964.
A propósito,  também gostaria de homenagear aqui o ex-presidente João Goulart , aniversariante do dia primeiro de março, que faria 104 anos.
Lacerdista de origem,  tive o orgulho de participar do movimento A Frente Ampla,  que pacificou as relações entre Juscelino Kubitschek,  João Goulart e Carlos Lacerda,  contra o regime militar.
Por causa de minha participação na Frente Ampla, tive o enorme prazer de conhecer a querida e eterna primeira-dama, Maria Tereza Goulart, sua filha Denize Goulart, as netas,  Bárbara e Isabel,  o filho,  João Vicente Goulart, e muitos amigos janguistas.
Parabéns ao Rio de Janeiro e ao grande presidente,  João Goulart.