Antonia Bergamin abre sua residência para Casa Vogue
Arquitetura

Antonia Bergamin abre sua residência para Casa Vogue

Assinada pelo premiado Isay Weinfeld, arquitetura da casa paulistana oferece quietude e acolhimento à família da galerista, que exibe ali sua própria coleção de arte

Casa da galerista Antonia Bergamin__Fotos: Filippo Bamberghi

A galerista Antonia Bergamin abre a residência onde vive com a família, em São Paulo, para Casa Vogue de setembro. O projeto do premiado arquiteto Isay Weinfeld conseguiu equilibrar o acolhimento do bem morar com a importante coleção de arte da moradora, ao optar por espaços com pé-direito alto e vidros que privilegiam a iluminação e emolduram a vegetação ao redor do imóvel.

A famosa tela da série de bandeirinhas de Alfredo Volpi (1896-1988) está entre os principais trabalhos artísticos abrigados na casa da galerista. “Volpi quase nunca titulava ou colocava data em suas obras. Sabemos pelos registros em exposições ou em alguma catalogação. Esta é da década de 1970”, conta.

Os vários ambientes da casa têm criações de artistas como Amadeo Luciano Lorenzato (1900 -1995), Cildo Meireles, Jac Leirner, José Resende, Joseph Beuys (1921 -1986), Lygia Clark (1920 -1988), Marcius Galan, Mira Schendel (1919 -1988), Paulo Nazareth, Paulo Roberto Leal (1946 -1991) e Tunga (1952 -2016), além de móveis de nomes como Joaquim Tenreiro (1906 -1992) e Guilherme Wentz.

Apesar da forte presença das obras, Antonia ressalta que houve uma preocupação com o equilíbrio para que a casa ficasse aconchegante para morar. “É a casa da minha família, não uma galeria ou um museu”, afirma.

Na organização, entraram a colecionadora e a galerista. Ou melhor, um pouco das duas, mas um tanto mais da moradora. “Queria que fizesse sentido e deu certo se você percebe como eu pendurei as obras em núcleos reunidos por períodos e temas. Mas há também a questão espacial, pois, às vezes, você tem determinada peça e só uma opção de parede para colocá-la, por causa da dimensão.” Dimensão não apenas física, mas, em alguns casos, afetiva. Como aquelas bandeiras de Volpi, privilégio da infância em um ambiente em convívio constante com a beleza.

A matéria na íntegra, com fotos do lar da galerista, pode ser conferida em Casa Vogue de setembro, disponível nas bancas de todo o país e em versão digital.

Serviço:

Revista Casa Vogue | Edição 454 (setembro)