O Brasil é o quarto maior emissor de gases de efeito estufa (GEE) no mundo e o setor de energia é responsável por cerca de 40% das emissões, segundo a pesquisa Think Tank Internacional, da Carbon Brief. Frente ao cenário, a AXS Energia, empresa que atua na geração de energia compartilhada, lançou o projeto Carbono Negativo , uma iniciativa que visa compensar as emissões de GEE gerando créditos de carbono por meio da produção de energia renovável.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), o país se comprometeu a reduzir as suas emissões em 50% até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono em 2050. Visando alinhar a atuação da AXS a esses objetivos, o plano desenvolvido consiste em duas etapas principais: a elaboração do inventário de GEE da marca e o investimento na geração de créditos de carbono por meio da produção de energia solar.
O inventário de GEE é um documento que contabiliza dois tipos de emissão. As diretas são aquelas provenientes do consumo de combustíveis fósseis nos equipamentos móveis da AXS. Já as indiretas, são relacionadas à compra de eletricidade do sistema interligado nacional. As demais emissões são aquelas associadas às atividades dos fornecedores, clientes e parceiros.
Para compensar as suas emissões, a AXS está investindo na geração de créditos de carbono por meio da produção de energia renovável. A empresa possui usinas solares que fornecem eletricidade limpa para o sistema interligado nacional. Essa atividade evita que sejam emitidos GEE pela queima de combustíveis fósseis nas termelétricas. “Geramos créditos de carbono por cada MWh de energia renovável que injetamos na rede. Esses créditos podem ser usados para neutralizar as nossas próprias emissões”, explica Rafael Pereira, responsável pelo projeto Carbono Negativo da AXS.
O especialista apresentou uma projeção da geração de créditos de carbono e das emissões da AXS até 2040. Segundo ele, a empresa planeja alcançar o equilíbrio entre os dois indicadores até 2025 e se tornar carbono negativo até 2026. “Isso significa que vamos gerar mais créditos de carbono do que o necessário para a compensação da pegada de carbono das empresas do grupo. Por isso o projeto foi chamado de Carbono Negativo, pois seremos mais do que neutros. Contribuiremos para a mitigação das mudanças climáticas e para o desenvolvimento sustentável do país”, complementa.
Pereira explicou, ainda, que a geração de créditos de carbono depende da matriz energética brasileira, que varia segundo os ciclos climáticos: “quando a matriz energética brasileira está mais suja, nós geramos mais crédito de carbono porque a energia solar tem o potencial de substituir fontes termoelétricas que queimam combustíveis fósseis.”.
No futuro, a AXS espera comercializar os créditos de carbono excedentes através de uma plataforma digital de blockchain, que faz parte de uma iniciativa de inovação do grupo para lastrear todas as operações de geração e aposentadoria dos créditos, trazendo maior segurança e transparência para as empresas que querem compensar suas emissões de gases de efeito estufa.
O projeto NetZero é um exemplo de como a AXS Energia está comprometida com a sustentabilidade e com a inovação no setor elétrico. A empresa busca oferecer soluções eficientes e econômicas para os seus clientes ao mesmo tempo em que reduz o seu impacto ambiental.