O replantio da árvore que pertence à família das gameleiras foi realizado no Parqville Figueira, na Avenida São Paulo. A árvore, que saiu de um viveiro e percorreu 18 km para chegar ao novo endereço, mobilizou o trabalho de mais de 10 pessoas, além do uso de um caminhão prancha com mais de 10 m de comprimento e 3,2 m de largura, um caminhão munck e 2 carros batedores
Inúmeros são os benefícios das árvores, que estão ganhando mais protagonismo dentro das cidades e bairros. Uma a cada três famílias que buscam um imóvel querem, inclusive, estar mais perto delas. O último estudo Tendências de Moradia, do Fipe Zap+, mostra que a proximidade a parques e áreas verdes é a segunda característica mais buscada por potenciais compradores de imóveis (29%).
E é justamente este protagonismo que uma figueira branca (Ficus elastica), espécie da família das gigantescas gameleiras, com aproximadamente 25 anos, 8 metros de altura e uma copa com 12 metros de diâmetro assumiu no Parqville Figueira, condomínio horizontal de alto padrão em obras na Avenida São Paulo, no último final de semana. A árvore, que vinha sendo preparada há um mês, percorreu 18 quilômetros para chegar ao seu novo endereço. Saiu de um viveiro situado na saída para Bonfinópolis, em uma operação que mobilizou o trabalho de mais de dez pessoas, além do uso de um caminhão prancha com mais de 10 m de comprimento e 3,2 m de largura, caminhão munck para içar a árvore e dois carros batedores usados no transporte da espécie até o condomínio.
Conforme explica o responsável pelo transplante, o engenheiro Eloy Campos Antunes, alguns cuidados especiais foram tomados para que esta mudança de endereço fosse bem-sucedida. “Além das licenças ambientais, os cuidados no transporte foram todos tomados, pois este é sempre um momento delicado. A copa foi protegida por um sombrite, para evitar a desidratação. A carroceria escolhida comporta todo o caule para que não haja dano e a raiz foi protegida”, explica.
A CINQ Desenvolvimento Imobiliário é quem promoveu o transplante. A empresa desenvolve a marca Parqville de condomínios horizontais na região metropolitana, cada um recebendo o nome de uma árvore que é plantada na rotatória principal de cada empreendimento. “É a personalidade de cada lugar que criamos, sua marca registrada”, diz o diretor da empresa, Eduardo Oliveira. O empreendimento foi batizado como Parqville Figueira, justificando a adoção desta espécie.
O primeiro replantio de uma espécie já adulta, com o condomínio ainda em fase de obras, foi uma decisão estratégica com foco explícito na satisfação dos clientes. “Quando o condomínio for entregue ela já estará bem maior, com uma copa ainda mais frondosa, de forma que os clientes poderão usufruir imediatamente de sua sombra, abrigando piqueniques, brincadeiras e testemunhando muitas cenas de alegria que vão se desenrolar”, completa.
Para os futuros moradores do Parqville, Liana Maia e Oberdan Maia, que fizeram questão de prestigiar a ação de transplante da figueira, vivenciar esse momento ressaltou ainda mais a importância do contato com a natureza entre as famílias. “Ver que o empreendimento se preocupa com o meio ambiente, com a natureza, reforça ainda mais a essência da família, das crianças correndo ao ar livre, no contato com os vizinhos. Sem dúvidas esse momento ficará marcado para sempre em nossas memórias”, destaca o casal.
Com a ocorrência de muitas subespécies no Brasil, no bioma cerrado inclusive, as figueiras são cultivadas em outras partes do planeta há milhares de anos e possuem um profundo simbolismo cultural em várias tradições ao redor do mundo. Para muitos povos antigos ela é símbolo de fertilidade, abundância e renascimento. Frondosa e de copa generosa, a árvore pode atingir entre 20m e 30m.
Cuidados antes, durante e depois da mudança
A árvore que foi transplantada já vinha recebendo cuidados especiais há meses, conforme afirma o engenheiro ambiental Eloy Campos. “Esse replantio de uma árvore tão grande de um lugar para outro é possível porque neste processo nós evitamos o corte do tronco e a preparamos com meses de antecedência, o que garante maior adaptação e longevidade de vida”, explica.
Ele esclarece também que para a operação de transplante a árvore passou por um processo denominado desmame. “Começamos com o desmame da árvore que é o corte de parte das raízes. Para isso, fizemos a cavatura ao redor da árvore, com cerca de seis vezes o diâmetro do tronco e com cavidade média de 60 cm de profundidade para estimular o crescimento das raízes”, informa Eloy. Ainda de acordo com o engenheiro ambiental, o último passo a ser feito antes do transplante foi o envelopamento das raízes. “As raízes foram envolvidas com plástico filme e hormônio enraizador para que ela chegue ao local de transplante já com reação nas raízes”, destaca.
Além disso, ainda de acordo com Eloy, para evitar a desidratação da árvore, algumas folhas e galhos da árvore foram podados. “Isso porque, no seu processo natural de fotossíntese, é natural que a árvore perca muita água. Então para manter a sua reserva de água intacta, crucial para esse primeiro momento de adaptação, esse procedimento foi necessário”, salienta.
Eloy ainda informa que, como a figueira sofreu um trauma ao ser retirada de sua antiga morada, ela entrou em estado de hibernação. “Após sete horas do transplante, ela desperta de sua dormência. Já as novas folhas devem surgir em aproximadamente vinte e um dias, assim como a formação de radicelas – raízes minúsculas que são responsáveis pela absorção da maior quantidade de nutrientes e que germinam primeiro na semente. Já para ela ficar frondosa novamente leva em torno de nove meses”, diz.
Segundo informa Eloy, para facilitar na adaptação da árvore ao novo ambiente algumas medidas foram tomadas. “Por ser uma espécie de pleno sol, ela foi posicionada num local que recebe muita luz solar, para que ela cumpra com maestria as suas funções de sequestro de carbono e produzir oxigênio e água. Além disso, é importante colocar escoras de madeira para que ela resista aos ventos. Isso porque, como as suas raízes ainda não estão totalmente integradas ao solo, essa estrutura de apoio deve permanecer até que a árvore se adapte, ganhe força e se sustente sozinha”, enfatiza. Ao todo, o processo de adaptação pode levar até 2 anos para se concluir.
Mas Eloy alerta: os cuidados também devem ser tomados após o transplante. “Assim como colocamos calcário, yoorin e hormônio enraizador no seu novo berço {uma cova com três metros de largura e um metro de profundidade}, para que ela se alimente nos próximos dias, é necessário que ela seja regada duas vezes por semana”, pondera.
Parqville Figueira
Em obras na Avenida São Paulo, Aparecida de Goiânia, o Parville Figueira possui 113.000 m² de área verde, entre praças de convivência e área de preservação permanente (APP). Ele contará ainda com a primeira fazenda e agrofloresta urbana da região.
O projeto também prevê diferenciais importantes de urbanismo: a pista de caminhada e a ciclovia não cruzam com as vias de veículos, o que agrega muito mais segurança aos moradores. A urbanização também prevê ruas privativas e sem cruzamento e vias exclusivas para pedestres, trazendo mais segurança e estímulo para o caminhar.
O lazer é diversificado: academia, piscina coberta e aquecida com raia de 25 metros, espaço pet, duas quadras de tênis, duas quadras de beach tennis, um parque infantil com piso emborrachado, duas quadras de areia para vôlei e futevôlei, além de quadra poliesportiva, pista de caminhada na agrofloresta, campo de futebol, dois parques infantis e futebol Society.
Toda infraestrutura necessária no que se refere à segurança, o que inclui ronda externa e interna 24h, cerca elétrica e monitoramento por meio de câmeras, também fará parte do empreendimento.