Homenagens de maio
Colunismo Social Rio de janeiro

Homenagens de maio

Por Mauro Magalhães  – Ex-deputado e empresário.
  Neste mês de maio, quero homenagear meu amigo querido, Carlos Leonam,  grande jornalista,  que morreu,  recentemente, e , todas as mães, pelo Dia das Mães , que será comemorado neste domingo, dia 12 de maio.
   Também gostaria de lembrar de Carlos Lacerda,  que morreu no dia 21 de maio de 1977, no final do governo militar.
   A morte de Carlos Leonam, em pleno dia 25 de abril,  deixou os amigos muito tristes.
  Nascido em 5 de maio de 1939, Leonam teria 84 anos.
  Super carioca, nasceu no Catete e viveu, até os 29 anos,  no bairro do Humaitá,  no Rio de Janeiro.
  Aos 10 anos de idade,  fundou um jornalzinho chamado A Voz da Rua.
   Ipanemense,  Leonam foi morar no bairro em 1968.
   Além de termos em comum a enorme amizade com Carlos Lacerda,  eu e Leonam também conversávamos muito sobre o nosso time do coração,  O Fluminense.
   A paixão tricolor vinha de família. O pai de Carlos Leonam,  Leonam Penna,  foi conselheiro do clube das Laranjeiras e eu gostava muito dele.
  Muito querido e admirado por todos os amigos e companheiros de redações,  Carlos Leonam trabalhou na Última Hora,  Tribuna da Imprensa,  O Cruzeiro, Jornal do Brasil,  Veja,  O Globo e,  também, no Canal 100, produzido por Carlinhos Niemeyer, outro super carioca,  que eu conheci através do inesquecível Mario Saladini, fundador do Clube dos Cafajestes.
  Roteirista,  Leonam foi um dos diretores do documentário Futebol Total sobre a Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, e um dos roteiristas de Brasil Bom de Bola, produzidos pelo Canal 100.
  Apaixonado,  também,  por automobilismo,  Leonam foi assistente de direção dos craques Hector Babenco e Roberto Farias sobre Emmerson Fitipaldi.
  Personagem muito querido de Ipanema,  fez o papel de si mesmo nos filmes Garota de Ipanema,  de Leon Hirszman, e Bar Esperança,  de Hugo Carvana.
  Eu me aproximei de Carlos Leonam,  no governo de Carlos Lacerda. E, depois,  na época da Frente Ampla.
  Lacerda gostava muito de Carlos Leonam, que trabalhou com ele e,  depois,  ficou seu amigo,  até a morte do ex-governador do antigo Estado da Guanabara.
  Taurino,  como Carlos Lacerda,  Leonam gostava de estar com os amigos,  de comer e beber bem,  de curtir a vida.
  Quando Leonam trabalhou como editor da Coluna Swann,  em O Globo,  eu tinha muito contato com ele.
   Em seu livro,  Degraus de Ipanema,  Leonam contou de quando tinha um fusca,  nos anos 60, e deu carona para a lindíssima Cláudia Cardinale,  em sua visita ao Rio de Janeiro.
  Tenho certeza de que Carlos Leonam vai se encontrar com vários amigos célebres, no céu. Entre eles, Carlos Lacerda. Que morreu triste com a política,  em 1977, e trabalhava nas edições de livros e se distraía com o cultivo de rosas,  no Rocio,  em Petrópolis.
  Aproveito,  aqui,  para desejar um feliz Dia das Mães a todas as amigas e mulheres brasileiras. E, à minha mulher, Thetys Magalhães,  que me deu muitos filhos e netos.
   Um excelente mês de maio para todos.