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Agronegócio supera adversidades em 2022 e vai buscar crescimento para 2023. AgroBrasília apoia desenvolvimento do setor

Em 2022, o PIB (Produto Interno Bruto) nacional cresceu 2,9% em relação a 2021, e alcançou os R$ 9,9 trilhões. A maioria dos setores da economia apresentou incremento, mas a Agropecuária teve queda de 1,7%, registrando um valor corrente de R$ 675,5 bilhões. Por outro lado, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) fechou 2022 em R$ 1,189 trilhão. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o valor é o segundo maior da série histórica, iniciada há 34 anos. O faturamento das lavouras foi R$ 814,77 bilhões e o da pecuária, de R$ 374,27 bilhões.

Mesmo com a queda no PIB, o agro pode considerar 2022 como um ano de superação, quando se leva em conta o cenário marcado pela guerra na Ucrânia, escalada nos preços de fertilizantes, quebra da safra da soja e condições climáticas adversas. E foi justamente a atividade Agricultura que apresentou queda, anulando as contribuições positivas das atividades de Pecuária e Pesca. Mesmo assim, o decréscimo real ficou abaixo das estimativas, o que é outra vitória.

O presidente da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), José Guilherme Brenner, que realiza a AgroBrasília, pontua outros trunfos da agropecuária: “O setor tem participação relevante na balança comercial, gera empregos ao longo da cadeia produtiva, e teve e tem papel fundamental na integração do país”.

Os dados confirmam as afirmações de Brenner. Atualmente, o Brasil é o quarto maior exportador mundial de produtos agropecuários, e lidera a exportação de soja, café, suco de laranja, açúcar, carne de frango e carne bovina. As remessas para fora chegaram perto de US$ 100,7 bilhões, o que posiciona o país atrás apenas da União Europeia, EUA e China.
Além disso, pelo terceiro ano consecutivo, o faturamento com as exportações brasileiras de produtos do agronegócio registrou recorde em 2022. Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior – sistema Comexstat –, mostra que, de janeiro a dezembro de 2022, o faturamento com as vendas externas do agro nacional somou quase US$ 160 bilhões, 33% acima do registrado em 2021 (US$ 120
bilhões).

A soma das vendas de produtos do agronegócio em 2022 representou aproximadamente 47% das exportações totais do país, o que foi decisivo para o superávit comercial, que ficou na casa de US$ 60 bilhões. De acordo com o Cepea, o resultado veio dos avanços registrados tanto nos preços médios em dólar quanto no volume embarcado.
Otimismo para 2023 As expectativas para 2023 são boas. O VBP estimado é 6,3% maior que o de 2022, o que representa um valor de R$ 1,263 trilhão. As lavouras devem ter um aumento real de 8,3% – principalmente soja e milho. Na pecuária, com aumento de 1,9%, o fator de recuperação deve ser a melhoria nos preços.

De acordo com o IBGE, no estudo Levantamento Sistemático da Safra, a estimativa de janeiro de 2023 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas alcançou 302 milhões de toneladas, 14,7% maior que a obtida em 2022 (263,2 milhões de toneladas). A área a ser colhida foi de 75,8 milhões de hectares, 3,5% maior em comparação com a área colhida em 2022, o que representa um aumento de 2,6 milhões de hectares.

A AgroBrasília acompanha o otimismo e espera bater os recordes de 2022, quando a movimentação em negócios chegou a R$ 4,6 bilhões.

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