Em 10 anos Clube de Permuta transforma prática antiga do mercado em negócio de mais de R$ 330 milhões
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Em 10 anos Clube de Permuta transforma prática antiga do mercado em negócio de mais de R$ 330 milhões

Fundada em 2012, empresa que já realizou troca de feijão por avião hoje conta com mais de 1600 associados no Brasil

É possível transformar uma das práticas mais antigas e consolidadas do mercado em um negócio milionário? A história do Clube de Permuta mostra que sim. Criada em 2012, em Belo Horizonte, com a finalidade de facilitar negociações baseadas no modelo de permuta, envolvendo troca de produtos sem mexer no fluxo de caixa das empresas, a plataforma soma mais de R$330 milhões transacionados e 1600 associados ao longo de seus 10 anos de existência. Em Brasília, uma franquia do Clube desembarcou em 2017, e hoje, sob o comando dos empresários Francisco Nunes, Alexandre Guerra e Murilo Hypolito conta com 220 associados.

Recentemente, durante encontro realizado com associados da franquia Brasília no Espaço Providência, três empresas locais receberam troféus por terem transacionado, no último ano, o equivalente a R$ 1 milhão. São elas as instituições de educação COC by Person e Seriös e a empresa de intermediação de negócios Geelong. Na ocasião também foram compartilhados alguns números que demonstram as oportunidades geradas pelo Clube de Permuta, presente em 24 cidades espalhadas por 10 estados brasileiros. Em uma década, foram negociadas cerca de 50 mil diárias de hotel, 337 mil refeições, 11 mil m2 em imóveis prontos vendidos, mais de 1,1 milhão de m2 em loteamento em mais de 78 mil transações entre os associados.

A diversidade é outro grande ativo do Clube de Permuta, que possui associados em segmentos tão diversos como Alimentos e Bebidas, Academias, Casa e Decoração, Clínicas, Construção Civil, Escritórios Compartilhados, Educação, Hotéis, Internet, Redes Sociais e Marketing Digital, Limpeza Industrial, Serviços Jurídicos, Moda e muito mais.

Quando uma empresa troca aquilo que tem, como um produto ou serviço, por algo que precisa, ela não altera seu caixa. As necessidades por serviços relacionados a áreas como tecnologia, consultorias e gestão e RH estão cada vez maiores. Com a permuta, empresas de todos os tamanhos conseguem ter acesso a isso sem gastar, o que pode ser crucial para sua manutenção”, explica Leonardo Bortoletto, fundador do Clube de Permuta. “Cada vez mais pessoas entendem que o seu produto, o seu serviço, pode valer mais que dinheiro na mão. Estamos muito felizes por nos fortalecer como grupo de negócios através da permuta, colaborando para que as pessoas alavanquem suas empresas, enxuguem seus custos operacionais e aumentem seu poder aquisitivo na vida pessoal e profissional”, complementa Francisco Nunes.

Como explica Bortoletto, um dos maiores desafios para levar a marca ao sucesso foi mudar a cultura do empresário, mostrando a eles que é possível movimentar seu negócio sem mexer diretamente no caixa. Aos poucos esse objetivo vem sendo alcançado, como demonstra o grande volume de transações. “Estimulamos o empresário a pensar um pouco fora da caixa. Não trabalhamos com dinheiro, mas as pessoas estão acostumadas a usá-lo diariamente em suas vidas. Mostramos que é possível adquirir tudo aquilo que o empresário precisa para o seu negócio entregando seus produtos ou serviço em troca. Isso gera uma receita igual, pois trabalhamos com valores de mercado, mas tem um resultado de lucro muito maior do que se a compra e venda fosse em dinheiro”.

Consolidado e em franca expansão do Brasil, o Clube de Permuta vai avançando, também, no mercado externo com inauguração de duas unidades previstas para 2023 em Bogotá (Colômbia) e Lisboa (Portugal), sem descuidar do objetivo de ir cada vez mais longe, também internamente.

TRANSAÇÕES MEMORÁVEIS

O Clube de Permuta inaugurou suas atividades com uma transação realizada em Minas Gerais, em 2012. Na época foi feita uma compra da J. Chebly de serviços gráficos da Gráfica Pampulha, no valor de R$ 27 mil.

Com o passar dos anos, algumas transações marcaram a história da empresa, como um associado de Montes Claros que resolveu vender seu avião modelo Seneca. A aeronave foi comprada em cotas por quatro associados, que adquiriram créditos na plataforma vendendo feijões. Outra negociação importante foi quando uma empresa trocou toda a sua frota de carros por uma terceirizada, e usou o dinheiro da venda dos automóveis para investir na estrutura do próprio negócio.

O Clube de Permuta não faz somente transações entre produtos. Um exemplo disso foi um associado que mudou as sedes administrativa e operacional com o apoio da rede, economizando de 10% a 15% em custo administrativo.

“Nesses 10 anos, temos diversas transações que marcaram não somente os associados, mas também a franqueadora. Queremos continuar fazendo a diferença na vida de diversos empresários, mostrando que é possível, sim, fazer transações muito boas sem usar propriamente o dinheiro do caixa da empresa”, finaliza Leonardo Bortoletto.

COMO FUNCIONA

A prática é antiga, mas o Clube de Permuta a normatizou e modernizou. O fundador Leonardo Bortoletto conta que a ideia surgiu quando tinha uma empresa de tecnologia e costumava fazer permuta com fornecedores. “Eu trocava serviço meu por serviços ou produtos de outras empresas. Só que eu sempre tinha uma sobra para usar e comecei a passar essa sobra para outros parceiros. Isso começou a ficar frequente, até que vi que havia ali uma oportunidade”, conta Leonardo.

O diferencial está nas trocas multilaterais. Ou seja, a empresa A pode comprar da B independentemente se a B comprou da A. Com bons negócios realizados pelos associados dentro de regras muito bem estabelecidas e viabilizadas através de uma moderna plataforma digital, o Clube de Permuta ajuda a vencer o estigma em relação à prática. O preconceito que existe se explica muito em razão da forma como, muitas vezes, a troca é feita, informalmente, onde as vantagens acabam não sendo equilibradas para as partes.

Para explicar de forma prática: um associado que é dono de uma loja de móveis pode contratar uma empresa para fazer a contabilidade da sua empresa em forma de permuta. Este mesmo empresário pode entregar os móveis dele para abastecer a empresa do contador ou outra qualquer que esteja na plataforma e tenha interesse pelo seu produto”, exemplifica o empreendedor.

As transações funcionam como uma conta corrente em que clientes acumulam créditos ou débitos na moeda do Clube de Permuta, o Permutz. Todas as informações sobre limites, saldos e extratos, assim como em um banco, são disponibilizadas na plataforma. Todas as empresas associadas são criteriosamente avaliadas antes de receberem a sua linha de crédito. A cada compra e venda realizada os associados pagam um percentual do valor da transação para o Clube de Permuta.

 

COMO FAZER PARTE DO CLUBE DE PERMUTA

Para se tornar um franqueado, é preciso investir a partir de R$100 mil (com taxa de franquia inclusa), e o tempo de retorno médio é de 18 meses. Os empresários interessados em fazer parte do Clube devem ser indicados pelos próprios membros. Periodicamente, a empresa promove eventos de relacionamento. Para saber mais, acesse: http://www.clubedepermuta.com.br/