“ Terroristas precisam ser confinados separados dos presos comuns, para impedir a disseminação da endoutrinação de cunho antidemocrático. Mas também não podem ficar juntos, quando se trata de impedir que continuem a tramar contra o estado democrático de direito. Vai ser necessário alocá-los em presídios espalhados pelo país, até para impedir que o sistema prisional do DF fique sobrecarregado.”
O alerta é de Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça, advogado e professor da UNB. Segundo ele, há seguramente “alguns deles de periculosidade tal, que se recomendaria serem confinados em presídios federais sob o regime em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)”, objeto da Lei nº 10.792, que alterou a Lei de Execuções Penais e o Código de Processo Penal no país. Aragão diz que isso demanda um escrutínio mais detalhado de todos que foram presos em virtude dos atos de 8 de janeiro.
Estão presos por atos terroristas em 8 de janeiro 1.398 pessoas. São 905 homens e 493 mulheres, com idades entre 18 e 74 anos. Homens de 36 a 55 anos são a maioria entre golpistas detidos. Mais prisões estão sendo anunciadas para os próximos dias.