Na sombria e inesquecível obra-prima de 1922, Nosferatu narra a história de Thomas Hutter, um agente imobiliário enviado para os Cárpatos com a missão de negociar a venda de uma propriedade para o misterioso Conde Orlok. Porém, ao chegar, Hutter descobre que Orlok é uma criatura sobrenatural, um vampiro que traz consigo uma terrível maldição de morte e peste. Enquanto o Conde segue para a cidade de Hutter, espalhando terror por onde passa, a esposa do agente, Ellen, percebe que sua ligação com o monstro pode ser a única esperança para salvar a humanidade.
Nosferatu é considerado uma das maiores obras do cinema mudo e da história do horror, precisamente porque consegue contar sua história de forma magistral, mesmo sem diálogos falados. A atmosfera é construída com excelência através de cenários expressionistas, iluminação gótica e a atuação icônica de Max Schreck como o Conde Orlok, cuja aparência grotesca define a figura do vampiro como um ser assustador e inumano.
A narrativa é envolvente, clara e cheia de simbolismo. Mesmo com a simplicidade técnica da época, o filme utiliza elementos como sombras, enquadramentos inquietantes e uma trilha sonora impactante para transmitir tensão e horror. Além disso, o jogo de contraste entre o terror sobrenatural e os instintos humanos, como amor e sacrifício, é profundo e emocionante.
Embora seja uma adaptação não autorizada de Drácula, de Bram Stoker, o filme consegue se destacar como uma obra independente, explorando temas universais de medo, mortalidade e sacrifício. Em suma, Nosferatu não apenas conta bem sua história, mas estabelece um padrão para o cinema de horror que ressoa até hoje.