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Gillian Anderson usou vestido bordado com vulvas e não vaginas no Globo de Ouro, mas qual a diferença?

Roupa foi protesto da atriz contra as restrições aos direitos femininos; porém, as notícias sobre o assunto ainda carregam desinformação e tabu com o genital

Gillian Anderson viralizou nas redes sociais após usar um vestido bordado com dezenas de vulvas, e não vaginas como noticiado em diversos veículos nacionais e internacionais, no Globo de Ouro 2024. A atriz britânica de 55 anos, de Sex Education e The Crown, usou o modelo de uma estilista uruguaia Gabriela Hearst. De acordo com a atriz, o ato foi um protesto contra as restrições aos direitos femininos.

Contudo, a desinformação sobre o corpo da mulher foi ressaltada, uma vez que diversos jornais e portais usaram a palavra vagina e não vulva. Alexandra Ongaratto, médica ginecologista, especializada em ginecologia endócrina e climatério, e Diretora Técnica do primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, o Instituto GRIS, explica que a falta de educação sexual e o tabu do genital são alguns do motivadores deste erro.

Diferença entre vulva e vagina

Segundo Alexandra, “a vulva refere-se à parte externa dos órgãos genitais femininos e compreende os lábios externos e internos, o clitóris, o monte púbico, o vestíbulo vulvar e o meato uretral”. Essas estruturas desempenham papéis protetores e sensoriais importantes.

Por outro lado, a médica cita que “a vagina é um canal muscular interno que conecta a vulva ao colo do útero. Este canal desempenha funções vitais, incluindo a passagem do fluxo menstrual, a facilitação da penetração durante o ato sexual e o papel crucial no parto durante o processo de dar à luz”. Ela complementa explicando que compreender a anatomia e a função distinta da vulva e da vagina é essencial para garantir a saúde reprodutiva e o bem-estar geral das mulheres.Tabu com o genital feminino

O episódio protagonizado por Gillian Anderson destaca não apenas a importância de protestos em prol dos direitos femininos, mas também evidencia a persistência do tabu em torno do genital feminino. O equívoco na cobertura midiática, ao utilizar incorretamente o termo “vagina” em vez de “vulva”, revela a falta de educação sexual e o desconforto generalizado em discutir abertamente a anatomia feminina.

A ginecologista ressalta que a desinformação contribui para a perpetuação desse tabu. “Enquanto a sociedade não superar esse obstáculo, a compreensão adequada da anatomia e da função da vulva e da vagina permanecerá prejudicada”, aponta a médica.

Assim, é essencial promover a educação sexual e o diálogo aberto sobre o corpo feminino para combater estigmas e garantir o bem-estar integral das mulheres. “Gillian Anderson, ao trazer essa discussão para o centro das atenções, reforça a necessidade contínua de desmistificar o tabu genital feminino e promover uma compreensão correta e respeitosa do corpo da mulher”, encerra Alexandra.

Instituto GRIS

O Instituto GRIS, tem como compromisso priorizar o bem-estar e a saúde feminina. Sediado em Curitiba, é pioneiro como o primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, agregando as mais avançadas tecnologias para o cuidado da saúde íntima feminina. Seu enfoque abrangente e especializado combina inovação e dedicação, ajudando as mulheres a assumirem o protagonismo em suas jornadas de saúde.

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