Capitaneado pela brasileira Silvana Thebas Nistaldo, o evento aconteceu na fim de semana, significativo, abriu as comemorações dos 45 anos de amizade entre os países irmãos- Angola e Brasil. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola (em novembro de 1975). Os laços históricos, culturais e linguísticos, foi o elo para gerar negócios entre os dois países, promovendo hoje, uma renovação e progresso em diversas frentes, além de oportunidades. .Fotos: Vera Donato
“Voltei meus negócios para África, o futuro está no continente africano. Angola têm potencialidades para serem exploradas, que podem transformar o mundo, com o crescimento em tecnologias para o desenvolvimento da África, que servirá de exemplo para o mundo”, atesta Silvana Thebas Nistaldo, sócia da LUFESI COMÉRCIO & SERVIÇOS LDA, criada em 2018, em Luanda, capital de Angola.
O encontro aconteceu no Espaço Bandeck, na Estrada no Grumari, do empresário Sérgio Patrício Silva, ambiente rústico e de bom gosto, com uma vista incrível, abrigará em breve um restaurante. A noite serviu para apresentação de futuros parceiros. Onde em um primeiro momento, um grupo já se organiza para o envio de produtos brasileiros para Angola, no próximo semestre. “Vou para Angola como cantor, produzido pelo DJ Falcão, que está preparando meu 1- EP e um clipe. E como gestor da Cachaça DoLoroza, aportaremos com a bebidinha também. À frente desde o início do projeto, cuidarei pessoalmente da distribuição na África”, atestou Andrezão Dias, sócio de Serjão Loroza, que resolveu investir no ramo da cachaça e criou uma marca própria. A DoLoroza tem três variedades. A DoLoroza Prata, a DoLoroza Ouro e a DoLoroza Pimenta.
A principal parceira tem sido a Trading CIASA, do empresário Renato Gimenez, empresa que fomenta as exportações para Angola e a República Democrática do Congo. Na ala das guloseima: Doces Caseiros Tietê – Anhembi Alimentos e salgadinhos Sertanitos – desenvolvidos com referência alimentar africana, nos sabores batata doce, banana e mandioca. “Em um momento que Angola está precisando de diversificação da economias, são bem vindas as parceiras. Também traz uma grande importância cultural. Pelo tempo que vivo no Brasil, e por ser angolano, fico feliz em poder contribuir direita e indiretamente, para que cada vez mais, o elo de amizade se fortaleça”, atestou Falcão, que é Dj e empresário, há 16 anos entre Brasil e Angola, e ainda mandou ver nas carrapetas.
Voltando ao nicho empresarial, de Senegambia, a bela Mariama Bah – modelo e empresária (que logo trará novidades no segmento da moda), Tati Brandão – mentora, treinadora de lideranças e comentarista semanal da Rádio Angolana Kwanza Rio – Programa Fala Comunidade, Bob Flávio – da Usina de Cultura, Aimê Araújo, Adriano Oliveira – design e ourives, paramentado com modelitos fashion da grife Mino Afro Acessórios, Ramona Samuel, Verner Tesch – representante da Altprest – Performance e Sustentabilidade, José Mauro – da JM Turismo, Lil (produtora musical) e o músico Luizão do Trampolim. Presença ainda de Tia Mamy, há 33 anos no Brasil, desenvolvendo projetos culturais aqui e em Angola, foi inclusive eleita diva da sociedade angolana, por desenvolver projetos sociais, em Luanda e em Bonsucesso (RJ). Segundo Vitor Del Rey – “O intercâmbio é importante, pois junta dois países irmãos na tentativa de alianças financeiras. No intercâmbio Brasil e Angola, quem ganha é o povo negro”, Vitor é CEO da Kilombu, aplicativo que reúne anúncios de negócios e serviços de afro empreendedores.
Tanto Angola quanto Brasil são países com culturas ricas, um intercâmbio direto, só reforça que eles têm muita coisa em comum.
A noite foi eclética, abriu com degustação de cachaças DoLoroza, cervejas, sob o cuidado de Rodrigo Duarte, do Deguste, tradicional feira de Petrópolis, que trouxe 3 cervejas de Petrópolis – Cervejaria Doutor Duranz, Cervejaria Odin e Cervejaria Da Corte, difícil foi escolher qual a mais saborosa. Rolou pocket show da angolana Cecília Marcos, há 8 anos no Brasil, inclusive está no preparo de um CD, que define como uma vertente “soul full”, música da alma, com sons de vários países africanos.
E ela deu uma palinha, cantou à capela o clássico “A Loba” (Alcione) homenageando Serjão Loroza, que retrucou com a música “Agbara Dudu”, que significa em yorubá “Força negra”. Com voz aveludada, Cecilia atacou ainda “Angola” (Pérola), “Subway” (Asa), e a autoral “Que seja eterno enquanto dure”, mas o ponto alto ficou por conta da música “Olhos Coloridos”, imortal na voz de Sandra de Sá, óbvio que logo de formou um coro -… A verdade é que você / Todo brasileiro tem! / Tem sangue crioulo / Tem cabelo duro / Sarará crioulo….
Claro, que os quitutes angolanos não podiam ficar de fora, como o Fungi de milho, Fungi de bômbo, Mufete, Calulu de Peixe, Muamba de Galinha, sob o comando do chef Oscar Benjamim Constantino, há 32 anos no Brasil, mas sempre indo ao encontro de suas raízes angolanas. As iguarias contaram com o apoio da Central Pescados, do empresário Átila Mourão, que é um dos principais parceiros da LUFESI, ao fornecerem peixe para Angola e República Democrática do Congo, está desenvolvendo o projeto de piscicultura familiar que vai proporcionar para cerca de 1 milhão de angolanos, criarem seu próprio negócio, em combate à pobreza em Angola. A Oruam Alimentos, também integrada à essa comitiva, fornecendo condimentos e temperos. E em conjunto com todas as demais empresas, selaram um compromisso de responsabilidade social em prol desenvolvimento de África.