“Um amor em uma Nova Veneza: Oswaldo e Edith” será lançado no dia 12 de fevereiro no Centro Cultural Oscar Niemeyer em Goiânia. Casal está junto há 64 anos e a união repercutiu inclusive no desenvolvimento à principal colônia de imigrantes italianos no Centro-Oeste, Nova Veneza. História dará origem a um longa metragem, que já começa a ser gravado neste ano
Uma história de amor que se torna o pilar para o desenvolvimento de toda uma geração. O enredo é a temática central de “O amor em uma Nova Veneza: Oswaldo e Edith”, romance literário que será lançada no dia 12 de fevereiro no Centro Cultural Oscar Niemeyer em Goiânia, e reforça o valor do casamento em uma época em que as relações estão se tornando mais efêmeras.
Os personagens são Oswaldo Stival e Edith Peixoto Stival, dois goianos descendentes de famílias que deram origem à principal colônia da imigração italiana do Centro-Oeste – Nova Veneza. O livro será lançado no dia em que o casal completa aniversário de 64 anos de matrimônio, e já está sendo roteirizado para se transformar em filme.
Obra coletiva, preparada pelos médico Alessandro Rios Stival, neto dos biografados, e pelos escritores Alberto Araújo e Gercyley Batista, o livro narra como a união do casal impulsionou sonhos e projetos, trazendo realizações não apenas pessoais e familiares, mas também um legado de contribuições sociais e culturais para o Estado de Goiás.
“Essa é uma história que dá destaque aos extraordinários comuns. Longe dos holofotes da fama, existem pessoas com histórias de vida dignas de serem levadas ao grande público por seu legado deixado na comunidade onde vivem”, diz Alberto Araújo, também cineasta, que será responsável pela adaptação do roteiro do livro para a gravação do filme com data para lançamento em 2020.
Oswaldo e Edith casaram-se em 1955, tiveram cinco filhos – hoje soma-se ao núcleo familiar 14 netos e 20 bisnetos. De origem humilde, ele sobrevivia da compra e venda de animais, no início de seu casamento, o que exigia longas viagens no lombo de cavalos e mulas comprando gado em cidades distantes no Estado. Acabou tornando-se um dos maiores players da agropecuária do País, além de ter sido um dos pioneiros no comércio de cereais em Goiás. Ela, por sua vez, dedicava-se ao magistério e exerceu com maestria o papel de mãe e educadora.
O casal não se limitou a fazer prosperar apenas seu núcleo familiar. Após conquistar destaque, em 1989, já na maturidade dos seus 60 anos de idade, Oswaldo e Edith aceitaram o desafio de entrar para a vida pública na administração de sua cidade natal, Nova Veneza, para dar uma contribuição à cidade fundada por sua família. Na condição de prefeito e primeira dama, criaram o Festival Italiano de Nova Veneza, que se tornou um dos maiores do País e contribuiu para o resgate da cultura italiana no Estado.
O livro traz também um resgate da imigração italiana no Centro-Oeste, onde estão as origens do casal. Seus avós, italianos da região de Vêneto, imigraram para o Brasil no final do século XIX e, depois de trabalhar no lugar dos escravos nos cafezais de São Paulo, se fixaram em Goiás por volta de 1912 – assim surgiu a “nova” Veneza no coração do Brasil, que hoje está a 30 quilômetros da capital goiana. A pesquisa histórica ficou a cargo do escritor da Academia Goiana de Letras, Ubirajara Galli.
Para Alessandro Stival, muito além de contar com sua admiração pessoal, Oswaldo e Edith representam um exemplo de parceria que merece ser compartilhado com o público. “Nos tempos em que vivemos, um casal continuar unido por tanto tempo, sonhando e desenvolvendo projetos juntos, um sendo alicerce um do outro e contribuindo com a formação de valores de uma nova sociedade é, com certeza, um referencial”, diz.
O que: Lançamento do livro “O amor em uma Nova Veneza: Oswaldo e Edith”
Onde: Centro Cultural Oscar Niemeyer
Quando: 12 de fevereiro
Horário: 19h30min