Homenagem póstuma
Rio de janeiro

Homenagem póstuma

Adversário político de Leonel Brizola,  desde a época em que os três principais partidos políticos no Brasil eram o PTB e o PSD de Getúlio Vargas e a UDN,  do brigadeiro Eduardo Gomes e Carlos Lacerda,  o ex-deputado Mauro Magalhães fará homenagem póstuma a Leonel Brizola,  em seu livro de memórias que começou a escrever no início da pandemia.
“Antes do golpe militar de 1964, éramos adversários políticos. Ele era a principal liderança do PTB de Getúlio Vargas e João Goulart ,  eu era o líder da UDN no governo de Carlos Lacerda,  mas,  em 1969, também fui cassado por participar da Frente Ampla,  e, em 1979, quando  Brizola voltou do exílio,  ele me chamou para conversar. Disse que iria trazer de volta o PTB. Queria que eu fosse para o partido. Eu fui sincero.
Disse ao ex-governador e ex-deputado que eu era seu admirador e que buscaria sempre o diálogo com ele e a convivência democrática.  Mas não era o meu perfil,  o PTB.  Mais tarde,  Ivete Vargas tomou o PTB de Brizola. Ela teve a ajuda de Golbery do Couto e Silva . Brizola fundou o PDT”-   lembrou Mauro Magalhães.
Em 1983, logo após a posse de Brizola,  Mauro Magalhães convidou o então governador do Rio de Janeiro para a inauguração do Tijuca Off Shopping. “Eu  era presidente da ADEMI e diretor da Associação Comercial. Brizola aceitou o convite e levou dona Neuza,  sua esposa, os filhos e a neta Laila. Eu levei minha família, também, inclusive, minha mãe, Dorvina.
Naquela época, nós sempre nos encontrávamos. Quando ele morreu, há 17 anos, fiquei muito triste. Estive no velório.  Com outros adversários políticos,  que também privaram de sua amizade “-, concluiu o ex-deputado. Na foto,  Brizola, dona Neuza e a neta Laila, com Mauro Magalhães e dona Dorvina,  mãe do ex-deputado udenista.