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Interesse estrangeiro por terras no Brasil cresce 17% e acende alerta no mercado interno

O interesse por propriedades rurais no Brasil vem crescendo de forma consistente, impulsionado pela valorização do dólar e as oportunidades econômicas associadas ao campo brasileiro. Segundo dados da Chaozão, empresa especializada em imóveis rurais, a procura por fazendas, sítios e chácaras aumentou 17% nos últimos três meses. O movimento é puxado, sobretudo, por investidores estrangeiros, que representaram 15% das consultas realizadas em 2024.

O levantamento também destaca que os Estados Unidos lideram o ranking de países com maior interesse em imóveis rurais no Brasil, com 26% das buscas, seguidos por Japão (15%), Reino Unido (12%), Paraguai (11%) e Alemanha (8%). Esse cenário acende um alerta: quando terras produtivas e estratégicas caem nas mãos de players internacionais, não estamos só falando de negócios — estamos falando de soberania alimentar, dependência econômica e poder de influência no mercado interno.

“Existe uma lei clara que limita a participação de estrangeiros na aquisição de terras com base na área total do município. O controle é de responsabilidade do INCRA (Lei 5.709/1971). Trata-se de um tema sensível, que exige atenção, uma atualização e fiscalização rigorosa”, afirma Jordy.

Para comentar os desdobramentos desse cenário e os cuidados que o Brasil deve adotar com a crescente pressão estrangeira por áreas agrícolas, sugiro como fonte Felipe Jordy, gerente de inteligência e estratégia da Biond Agro.

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