Colunismo Social Rio de janeiro

Os 122 anos do Fluminense

Por Mauro Magalhães  –  Ex-deputado e empresário.
   No último domingo,  dia 21 de julho,  foi aniversário do Fluminense. O time do meu coração completou 122 anos.
  Grande jornalista e escritor,  Nelson Rodrigues costumava dizer que ” se o Fluminense jogasse no céu,  eu morreria para vê-lo jogar.
   Eu tive o privilégio de ir,  com Nelson Rodrigues, que também foi um admirado dramaturgo e escritor,  aos jogos do Fluminense, no final dos anos 60, junto com meu outro amigo, Rafael de Almeida Magalhães ( tricolor doente).
  A direção do clube das Laranjeiras anunciou,  no dia do aniversário de 122 anos do Fluminense,  o lançamento de um álbum de figurinhas,  com o título ” Fluminense – As taças que levantei “, em parceria com a Panini, com registros dos momentos gloriosos do time.
  Nesta quinta,  dia 25 de julho,  no Salão Nobre do clube,  nas Laranjeiras,  haverá a tradicional sessão solene,  para comemorar o aniversário do Fluminense.
   Serão homenageados funcionários antigos,  sócios e torcedores ilustres.
   O Fluminense foi fundado em 21 de julho de 1902, por Oscar Cox,  cidadão anglo-brasileiro, com o apoio de industriais brasileiros,  literatos,  historiadores e profissionais liberais.
  O time pó de arroz teve e tem,  entre seus torcedores,  nomes ilustres da área artística.
  O Hino do Fluminense,  cantado com orgulho, por todos,  desde os anos 40, é um dos mais bonitos que conheço e emociona até flamenguista, botafoguenses, vascaínos, americanos,  entre outros e diversos torcedores.
   Composta por Lamartine Babo, a música diz, principalmente,  ” Sou tricolor do coração,  sou do clube tantas vezes,  campeão….O Fluminense me domina. Eu tenho amor ao tricolor “.
   Criada nos moldes da era do rádio, como uma marchinha de Carnaval,  a música já foi gravada por tricolores famosos,  como o pianista  Arthur Moreira Lima.
   O Fluminense é o único clube que teve três hinos,  desde a sua fundação.
    O primeiro Hino do Fluminense foi composto em 1915. Seu autor, Coelho Netto ( que dá o nome a uma rua próxima à sede do clube,  em Laranjeiras), era membro da Academia Brasileira de Letras.
   O segundo hino do time tricolor foi criado por Antônio Cardoso de Menezes Filho,  em 1916.
     O hino de Lamartine Babo foi o terceiro. E é o mais conhecido.
     A canção de Lamartine Babo ganhou popularidade e assumiu a posição de hino com o apoio das várias torcidas que surgiram,  ao longo dos anos.
   A marchinha de Lamartine Babo inspirou os outros clubes a lançarem,  também, hinos nesse estilo,  alegres e carnavalescos.
   Lamartine Babo também escreveu os hinos do Bonsucesso,  São Cristóvão,  Olaria e América.
   Torcedor do América,  Lamartine Babo morreu em 1963, vítima de infarto, e eu ( eu era deputado estadual,  nessa época, pelo antigo Estado da Guanabara) acompanhei as homenagens ao grande compositor .
   Logo depois da morte de Lamartine,  foi inaugurada a Praça Lamartine Babo,  perto da Avenida Maracanã.
   Eu,  que sou tricolor desde a minha infância,  quando saí de Minas,  com meus pais e irmãos,  para morar em Petrópolis ( meu pai foi trabalhar no Hotel Quitandinha), sempre me emociono , nas comemorações pelo aniversário de meu time.
  Vida longa ao Fluminense !
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