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Parceria entre setor público e privado soma esforços para combater o alto déficit habitacional do Estado

Segundo dados do estudo realizado pelo Instituto Mauro Borges, mais de 212 mil famílias goianas vivem em situação de moradia inadequada. A capital, Goiânia, concentra mais de 41 mil casos. Para atender à crescente demanda, parceria entre Estado e empresas têm feito a diferença. Só neste fim de semana, quase 500 famílias receberam as chaves da casa própria no Porto Maranata

Em Goiás, segundo dados do estudo realizado pelo Instituto Mauro Borges, calculado através do CadÚnico, em 2023, 212 mil famílias residem em habitações com algum grau de carência. Goiânia, que tem  41.900 famílias nesta situação. E o número vem crescendo. De 2020 para cá, o número mais que dobrou, saindo de 19 mil para as atuais 41 mil famílias goianienses que carecem de moradia própria.

Entram no cálculo de déficit habitacional famílias que vivem em domicílios improvisados; domicílios rústicos; em coabitação, com domicílio de somente um cômodo ou domicílio adensado com mais de três pessoas por dormitório. Há também as famílias que suportam um ônus excessivo com aluguel, cujo custo supera 30% da renda familiar.

Para diminuir esse déficit, todo esforço é necessário e bem-vindo, segundo o CEO  da Vila Brasil Engenharia, Flavio Mendes Garcia. “A iniciativa do setor privado se soma aos esforços do poder público para oferecer moradia digna, com qualidade habitacional, e dentro de um valor que as pessoas podem pagar, como conseguimos fazer com o Porto Maranata e em outros projetos que temos em andamento”, destaca o executivo sobre a importância das ações conjuntas no âmbito habitacional.

Flávio Garcia celebrou a entrega da chave da casa própria para 496 famílias goianas que viviam em déficit habitacional, durante evento realizado no último sábado, 24 de maio, no Porto Maranata, projeto construído pela Vila Brasil no setor Andréia, em Goiânia. A realização do sonho da casa própria é mais do que ter um teto, é uma garantia de  dignidade, conforto,  segurança e qualidade de vida. É muito gratificante fazer parte dessa etapa tão importante na transformação da história de vida de tantas pessoas” , declarou Garcia.

O empreendimento contou com a parceria do governo Federal, por meio do programa Minha Casa Minha Vida e também com o governo do Estado de Goiás, que direcionou subsídios do Programa Pra Ter Onde Morar – Crédito Parceria, da Agência Goiana de Habitação (Agehab). Com as parcerias, famílias de mais baixa renda tiveram acesso facilitado a subsídios para custear a entrada ou reduzir as parcelas do financiamento.

O programa  Pra Ter Onde Morar, por meio do Crédito Parceria atende a famílias com renda de até três salários mínimos, conforme explica o presidente da Agehab, Alexandre Baldy. .

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, esteve presente no evento de entrega de chaves e frisou a importância do Estado na entrega das habitações. “O governador Ronaldo Caiado tem trabalhado muito pela habitação. Os recursos do governo estadual colocados aqui são muito importantes. Hoje é um dia abençoado para estas famílias”, completou.

O secretário nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Augusto Rabelo, esteve presente no evento de entrega do Porto Maranata e frisou que o empreendimento foi viabilizado pelo Minha Casa, Minha Vida, por meio da modalidade do FGTS, reforçando a importância da parceria entre todos os entes envolvidos a fim de beneficiar a população. “Essa entrega é uma iniciativa construída por meio do diálogo, em que cada um de nós dá sua contribuição com o mesmo fim: levar moradia digna a quem mais precisa.”

Vidas transformadas

O sonho da casa própria se tornou realidade na vida da biomédica e instrutora prática de direção de trânsito, Camila Cristina de Paula, de 31 anos. Ela lembra que há cerca de três anos sua mãe a inscreveu no programa habitacional e com essa iniciativa, ela conseguiu se inserir no programa Minha Casa Minha Vida e no da Agehab, com os benefícios que reduziram o valor da entrada e da parcela, foi possível fazer o financiamento.

“Eu morava com a minha mãe, meu pai e meu irmão. Agora, eu me formei, consegui um emprego na minha área e vou ter a minha casa própria. Então é realmente a realização de um sonho, sinto como se estivesse abrindo todas as portas da minha vida”, declarou ela.

Outra pessoa que teve sua vida transformada pela moradia própria foi a corretora de imóveis, Jordana Machado de Moura, de 24 anos, que viu nos benefícios oferecidos pelos programas habitacionais o caminho para a conquista e de uma grande mudança em sua vida. Ela que é corretora de imóveis, ainda não tinha casa própria e residia com a mãe.

Agora ela já está planejando sua mudança para a casa nova no Porto Maranata. “É uma conquista, uma enorme felicidade, trabalho vendo as pessoas realizarem esse sonho e é muito gratificante poder ter realizado o meu, que só foi possível graças aos programas e os subsídios que facilitaram tanto minha entrada e na redução das parcelas”, destacou ela.

 

 

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