No Distrito Federal, projetos fomentados pela legislação promovem qualificação e oportunidades de trabalho para pessoas com deficiência
A cultura não só deve ter o acesso garantido a todos, como também deve ter a participação de todos os grupos sociais na sua construção. Na semana em que é celebrado o Dia Global de Conscientização sobre Acessibilidade, projetos contemplados pela Lei Paulo Gustavo (LPG), que trazem em suas temáticas o protagonismo de pessoas com deficiência (PCDs) do Distrito Federal, ganham destaque.
Um deles é o Conexões Atípicas. A iniciativa consiste na realização de um documentário audiovisual realizado no Centro de Ensino Especial 01 no Guará I, a partir de oficinas de dança somática, cantos e ritmos originários indígenas caraíbas, amazônicos e outros ritmos brasileiros, com pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias.
Participam do documentário alunos, professores, familiares e parte da equipe da escola, que foi pré-selecionada pela proponente e pela Coordenação de Produção. A responsável Tayra Sasha Dávila Castillo aponta que o projeto só foi possível por meio da LPG. “Através do Conexões, a LPG está contribuindo para ampliar os níveis de conscientização sobre o autismo, além de abraçar a causa apoiando os autistas e suas famílias, para superar os diferentes desafios, preconceitos, estereótipos e o capacitismo”, diz a proponente.
Segundo Tayra, o produto final do Conexões Atípicas será exibido em uma mostra de documentários prevista para ocorrer entre os meses de junho e julho, na própria escola e em outros espaços educativos e culturais da cidade, além de festivais.
Já a Plataforma PCD Protagoniza Cultura persegue dois objetivos principais. Um deles é qualificar profissionais com deficiência para atuação em áreas do audiovisual. A outra meta é criar uma base de dados segura de PCDs interessadas ou já atuantes no setor.
A iniciativa, que ainda está em fase de desenvolvimento, funcionará como um market place, a fim de conectar proponentes de projetos culturais e pessoas com deficiência qualificadas. O projeto ainda engloba cursos online de capacitação para esse público; área de portfólio digital, onde os profissionais poderão exibir suas produções; e a construção de uma comunidade de apoio, promovendo uma rede colaborativa.
A proponente Karla Barbosa Raposo afirma que a intenção é fazer com que as PCDs não sejam apenas beneficiárias das produções, mas também protagonistas criativas. “O recurso garantido pelo edital da LPG permitiu que a etapa inicial de desenvolvimento da plataforma saísse do papel. Mais do que um apoio financeiro, a legislação representa uma política pública que valoriza a diversidade e amplia o acesso à cultura. Para nós, é um marco no reconhecimento da acessibilidade e inclusão como um eixo estruturante da política cultural”, aponta a proponente.
Lei Paulo Gustavo
São mais de 3,8 bilhões de reais destinados a projetos culturais por todo o país, representando o maior investimento já feito no setor na história. No DF, a Lei Paulo Gustavo já destinou 48,1 milhões, administrados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Os recursos são destinados para diversas áreas da cultura, entre elas o audiovisual, teatro e música.
Serviço – LPG/DF
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