Somente no primeiro semestre de 2018 os números de casos de intolerância religiosa chegaram a 210, de acordo com o Ministério dos Direitos Humanos. No Rio, no mesmo período as ocorrências cresceram 56% e as religiões de matrizes africanas registraram a maior parte das denúncias segundo a Secretaria Estadual de Direitos Humanos. Sendo assim, na conjuntura atual, a movimentação se faz fundamental pela defesa e permanência de um Estado laico. E o combate à intolerância é ferramenta essencial para que a liberdade religiosa seja assegurada.
“O dia 21 de janeiro, assim como o 13 de maio, não é para nos um dia de comemoração. Mas sim, um dia de luta e reflexões sobre os processos de cerceamento religioso que vem assolando a nossa sociedade e privando pessoas do convívio familiar e inteiração com o seu ambiente religioso. Mãe Gilda vive é o alimento das nossas resistências cotidianas”, argumenta Ivanir dos Santos – interlocutor da CCIR.
Diante desta realidade, o CEAP e a CCIR em parceria com outras instituições e junto de diversas comunidades religiosas, preparou uma semana de combate à intolerância religiosa com uma programação variada incluindo encontro de mobilização, seminário, festival e muita cultura.
➡ 21 de janeiro – Dia Nacional do Combate à Intolerância Religiosa, no ASA.
Mostra do DVD da 11ª Caminhada de Combate à Intolerância Religiosa / Apresentação do Grupo Cultural do Segmento Hare Krishna / Lehaká Kessem – Comunidade Judaica e do grupo Cultural Afro Orúmmila.
“Conscientizar a comunidade da importância do respeito ao direito do outro professar outra religião. Importante encontro para mostrar a cultura e costumes de varias religiões”, alega Paulo Maltz – Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro.
Segunda-feira, das 19h às 22h. No ASA – Associação Scholem Aleichem (Rua São Clemente, 155 – Botafogo). Aberto ao público
➡ 24 de janeiro – II Seminário Liberdade Religiosa, Democracia e Direitos Humanos, no IFCS.
Mesa 1: Religiões nos Meios de Comunicação. Das 8h30 às 10h. Com mediação: Pastora Lusmarina Garcia (Doutoranda em Direito pela UFRJ), Profª. Drª. Diane Kuperman (UERJ), Bárbara Pereira (Jornalista), Clarissa Monteagudo (Jornalista) e Yango (Promoter Mídia Afro).
Mesa 2: Religiões no Campo dos Direitos. Das 10h30 às 12h. Com mediação: Dr. Henrique Pessôa. Debate com Profª Drª Ana Paula Miranda e Profº Dr. Jorge da Silva. Drº Fabiano Prestes (DPU), Inspetora de Policia Claudia Otília (DECRADI)
Mesa 3: Culturas Afro-diaspóricas no Combate à Intolerância Religiosa e ao Racismo. Das 14h às 15h30. Mediação: Profª. Drª. Helena Theodoro. Com Drº. Martinho da Vila, Silvan Galvāo e Prof°. Dr°. Renato Mendonça B. da Silva.
Mesa 4: Política, Religião e Diálogo Inter-Religioso. Das 16h às 18h30. Mediação: Profª Drª Carolina Rocha – Com Profª. Drª. Christina Vital, Profº. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos e Dr. Paulo Baía.
“Tem por objetivo trazer para o ambiente acadêmico reflexões sobre a intolerância religiosa nos meios de comunicação, na cultura, na esfera dos direitos. Por isso, procuramos convidada pessoas dentro e fora do ambiente religioso para dialogar sobres esses temas”, atesta Ivanir dos Santos.
Quinta feiras, das 8h às 18h. No IFCS/UFRJ – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. No Largo São Francisco de Paula, nº 1 – Centro. Aberto ao público. Inscrições:http://bit.ly/participedaliberdade
O II Seminário Liberdade Religiosa, Democracia e Direitos Humanos é um espaço de referência para palestras e debates sobre religiosidade, diversidade e política. Uma iniciativa do CEAP – Centro de Articulação das Populações Marginalizadas em parceria com a CCIR, LHER e ERRAIR da UFRJ, o evento receberá representantes de diversas comunidades religiosas (judeus, católicos, muçulmanos, evangélicos, umbandistas, espíritas, wiccanos, budistas, protestantes), profissionais de mídia, acadêmicos, produtores culturais e artistas. O evento será realizado no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS/RJ), no dia 24/01. INSCREVA-SE JÁ – VAGAS LIMITADAS.
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➡ 24 de janeiro – Baile Black Bom pela Liberdade Religiosa. Em frente ao IFCS.
Black Music, com releituras dos maiores clássicos do gênero executados ao vivo pela banda Consciência Tranquila – maior Coletivo de Black Music do país. Com pista ainda de DJ. Flash, com charme e hip hop.
Segundo Sami Brasil – Rapper e produtora cultural do Baile Black Bom – “O Baile Black Bom é sempre uma grande oportunidade que temos de dialogar com os nosso de forma democrática, nas ruas usando a ferramenta da musica, que é uma linguagem Universal. Cantando a gente se entende”.
Quinta-feira, das 18h às 00h. No Largo São Francisco de Paula, nº 1 – Centro – em frente ao IFCS-UFRJ). Aberto ao público
➡ 28 de janeiro – Festival Cantando a Gente se Entende, no Oi Casa Grande.
ABERTURA: com Coral Yorubá e Trio Szpilman. Participação de Cia Musica Awurê, trazendo canções em yorubá. Pastor Kleber Lucas, cantará “Maria Maria (Milton Nascimento”, “Segura na Mão de Deus (Pastor Nelson M. Mota) e “Deus Cuida de Mim” (Kleber Lucas), Mestre Kotoquinho, com as músicas autorais “Brilhou no Céu” e “Encontro Negro”, Tunico da Vila, com o repertório “Sino da Igreja / Tem Pena Dele / Vestimenta de Caboclo” (domínio público), “Nos Caminhos de Um Só” (Tunico da Vila e Xande de Pilares), “Casa de Bamba” (Martinho da Vila, “Carta a Nelson Mandela” (Martinho da Vila), Grupo Awurê – intérpretes Arifan Junior e Fabíola Machado, com “Prece a Oxum” (Alexandre Nadai e Daniel Delavusca) e “Oxumaré” (Raul DiCaprio), Mário Broder também dá canja, entre outras participações.
O Pastor kleber Lucas, afirma que “Protagoniza a nossa causa que, nesse momento em que vivemos incertezas, precisa ser é maior do que projetos pessoais. Precisamos estar mais perto, sermos mais estratégicos e fortalecermos nossas bases e propostas”
Segunda-feira, das 17h às 22h. No Teatro Oi Casa Grande (Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Leblon). Entrada: R$ 1,00 (um real)