Mauro Magalhães*
* Ex-deputado e empresário.
A Ponte Rio-Niterói completou 50 anos, no dia 4 de março.
Inaugurada em 1974, após quatro anos e seis meses de construção, a obra facilitou muito a vida de cariocas, fluminenses e de brasileiros e estrangeiros, moradores das duas capitais e de outras cidades, no entorno, entre outros.
Antes da ponte, era preciso fazer um percurso de 100 km para chegar de uma cidade a outra, dando a volta na Baía de Guanabara.
A construção da ponte foi considerada como um marco da Engenharia Nacional.
A ponte tem o maior vão em viga reta contínua do mundo, o vão central, com 300 metros de comprimento e 72 metros de altura. Outro número que impressiona é o total de 1.152 vigas ao longo de sua estrutura. Maior ponte do hemisfério sul e a 23ª no ranking mundial, com 13 km de extensão, a Ponte Rio-Niterói recebe mais de 180 mil veículos diariamente.
A empresa Howard, Needles, Tammen and Bergendorf, dos Estados Unidos, projetou o trecho dos vãos principais em estrutura de aço, incluindo as fundações e os pilares. Os engenheiros responsáveis pelo projeto da ponte de concreto foram Antônio Alves de Noronha Filho e Benjamin Ernani Diaz, enquanto o engenheiro responsável pela ponte de aço foi o americano James Graham.
De acordo com dados de portais sobre Rnh engenharia, no ano 2000, o asfalto no vão central foi substituído por um piso de concreto de elevada resistência, enquanto a superestrutura metálica foi reforçada internamente. Quatro anos depois, o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) desenvolveu os atenuadores dinâmicos sincronizados (ADS), conjunto de massa e mola de 32 peças e pesos de grandes proporções que funciona como um amortecedor para a estrutura do vão central. Em eventos com fortes ventos, a ponte teve uma redução de 90% de sua oscilação, o que assustava os motoristas que passavam por ali.
Eu me lembro bem do dia da inauguração da ponte Rio-Niterói. Eu estive lá, na condição de empresário do setor imobiliário e de dirigente da ADEMI, no dia 4 de março de 1974, a convite do ministro dos Transportes, na época, que era o Mário Andreazza.
Conforme relatos de historiadores, a ideia de construir a ponte é do tempo do Império.
A construção começou em 1969.
Em novembro de 1968, quando visitou o Rio de Janeiro com o príncipe Philip, a rainha Elizabeth participou da cerimônia de pré-lançamento das obras da ponte Rio-Niterói.
A estrutura da ponte liga a Ponta do Caju à Avenida do Contorno, em Niterói. Antes da construção, tínhamos que andar por mais de 120 km, em estradas, ou até atravessar a baía de Guanabara em barcas ou balsas.
Engenheiros especializados no assunto contam que, em 1875, já se falava em ligar o Rio a Niterói através de uma ponte.
Em 1963, foi criado um grupo de trabalho para estudar um projeto.
Em 1965, foi formada uma comissão executiva para cuidar do projeto definitivo.
A apresentação oficial do projeto da ponte Rio-Niterói aconteceu no dia 14 de novembro de 1968, na Escola de Engenharia da Universidade Católica de Petrópolis.
A inauguração , em 1974, teve a presença de uma multidão de 10 mil pessoas, além da comitiva de autoridades e convidados, que estiveram lá em mais de 20 carros.
Atualmente, a ponte Rio-Niterói é a maior, em concreto , do Hemisfério Sul.
É a décima primeira maior ponte do m mundo.
Na época em que foi construída sua travessia era gratuita. Hoje, existe a cobrança de pedágio.