Alopecia na ficção: Entenda a doença que será abordada na novela Vai na Fé
Saúde

Alopecia na ficção: Entenda a doença que será abordada na novela Vai na Fé

Nos próximos capítulos, a novela das 7 Vai Na Fé abordará a alopecia por intermédio da personagem Marlene, vivida pela atriz Elisa Lucinda. A atriz comentou que a cena não teve texto, era só ela na frente do espelho tirando a peruca e sentindo a dor e a vergonha, da questão estética. Vale ressaltar que a atriz Elisa não possui alopecia na vida real. O que veremos na novela será a caracterização da personagem para abordar o tema. A alopecia é um problema de saúde ligado aos cabelos. Abaixo, o médico e tricologista Dr. Ademir Carvalho Leite Júnior vai explicar.

 QUAIS SÃO OS TIPOS DE ALOPECIA EXISTENTES?

 Por Dr Ademir Carvalho Leite Júnior – CRM SP: 92.693

Perder os cabelos pode ser paralisante. Por isso, pesquisadores, industriais e profissionais da saúde, diretamente envolvidos com o atendimento dos pacientes, devem estar sempre em busca de novas alternativas para o tratamento das alopecias.

Mas, afinal, o que seria esta nomenclatura tão assustadora para alguns e que ainda leva uma série de indivíduos aos consultórios ao redor do mundo?

Conheça agora o seu conceito, descubra os tipos mais comuns desta patologia e aproveite também para ler outros artigos do nosso site quando terminar este.

O que é a alopecia?

Alopecia corresponde à redução da densidade capilar em um indivíduo. Ou seja, à perda de cabelo ou pelos em uma parte específica do corpo ou da cabeça, sendo esta última a região mais afetada na maioria dos casos.

Em geral, quando o paciente busca auxílio de um profissional especializado, a alopecia só consegue se tornar perceptível à observação clínica quando é responsável por comprometer ao menos 25% a 30% da quantidade normal de cabelos que o sujeito possui.

Dessa maneira, pode-se conjecturar que, ao menos, 1/4 dessa densidade total possa ter sido perdida ou prejudicada de alguma forma pela ação dessa doença.

Alopecia Areata

O cabelo é um assunto delicado porque está relacionado à autoestima e ao bem-estar. Quando ocorrem quedas demasiadas, a situação pode gerar insegurança e ser um sinal de uma doença capilar, como no caso da alopecia areata. Como se sabe, a alopecia é a perda de cabelo que pode ser proveniente de diversos fatores. Mas no caso da alopecia areata, ela pode ser oriunda do histórico genético, do sistema imunológico, de traumas físicos ou emocionais. Sua diferença em relação às demais está no formato que ela se propaga, pois ela se estende em falhas circulares.

Existe a alopecia areata total, onde ocorre a perda de todo o cabelo, e a alopecia areata universal, que implica na perda de todos os pelos do corpo. Deve-se lembrar que ambas não são doenças contagiosas.

Seu único sintoma é a perda brusca de cabelo em formato circular, que pode ser único ou múltiplo. É mais frequente no couro cabeludo ou na barba, sendo conhecida também como “pelada”. Em alguns casos, pode ocorrer a queimação antes da queda e, ao cair o cabelo, placas brancas ficam visíveis e os fios ao redor delas ficam mais sensíveis ao toque e podem cai com facilidade.

A alopecia areata não tem cura. Como explicado acima, ela pode ser originada de diversos fatores, mas felizmente existe tratamento para a queda capilar. Pelo fato de não ter cura, o tratamento é indicado, mas não é obrigatório. Por se tratar de uma doença recidiva, ela poderá aparecer novamente, entretanto, como está relacionado à aparência física, o tratamento pode evitar que novos distúrbios psicológicos apareçam.

O tratamento é feito por um dermatologista e sempre vai variar de caso para caso de acordo com a sua gravidade. Ele pode ser feito com injeções de cortisona, aplicação de cremes com corticosteróides ou pomadas no couro cabeludo para estimular os folículos a produzirem os fios.

Alopecias cicatriciais

Você sabia que as alopecias podem ser classificadas, conforme a sua reversibilidade, em cicatriciais e não cicatriciais?

Alopecias cicatriciais são aquelas em que a área acometida não apresenta folículos ou foram destruídos por processos inflamatórios ou agressões importantes, como tração excessiva, queimaduras e cortes.

Elas costumam ser mais preocupantes e requerem urgência no diagnóstico correto e no tratamento, uma vez que sua perda capilar pode ser irreversível. Sim, isso mesmo que você leu.

Isso se deve ao fato de que as células-tronco presentes no folículo, responsáveis por reiniciar o ciclo de crescimento capilar, foram destruídas, resultando em uma redução permanente da densidade de folículos pilosos na região acometida.

Casos como estes são muito comuns, e este tipo de alopecia está relacionado a:

– Lúpus eritematoso cutâneo;

– Líquen plano pilar;

– Foliculite decalvante;

– Alopecia fibrosante frontal.

Alopecias não cicatriciais

Alopecias do tipo não cicatricial podem ser acompanhadas de inflamações que são, normalmente, mais brandas. Dessa forma, isso não provoca danos permanentes a quem está lidando com este tipo de problema.

Elas podem ser tratadas e, por esse motivo, permitem que o acometido mantenha seus cabelos em quantidade e qualidade normais ou muito próximo a isso.

Essa perda de fios surge de distúrbios capilares que não resultam em aspecto cicatricial do couro cabeludo, como:

– Alopecia areata;

– Eflúvios;

– Alopecia androgenética.

Você está sofrendo com a alopecia?

Distúrbios capilares não representam ameaça direta à vida, embora possam ser sinal de uma doença mais séria, como tumores secretantes e lúpus eritematoso sistêmico, por exemplo.

Ainda assim, é importante ter em mente que eles afetam significativamente a qualidade de vida dos acometidos e, por isso, merecem nossa atenção. Portanto, se você está passando por este problema, busque já a ajuda de um especialista.