Anfitriões históricos
Rio de janeiro

Anfitriões históricos

Anfitriões históricos

Viúva do ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcos Tamoyo (1926-1981), a ex-primeira dama da cidade carioca, Belita Tamoyo ( Maria Isabel Tamoyo da Silva ) comemorou, no último dia 8, 90 anos, com saúde e a elegância que marcou época, nos anos 70, e, também, nas últimas décadas.

Belita e Marcos Tamoyo foram anfitriões históricos, desde a posse do ex-prefeito, em 15 de março de 1975, até quando ele entregou o cargo ao seu sucessor, Israel Klabin .

Na administração de Marcos Tamoyo, a prefeitura do Rio de Janeiro passou a ter uma sede de verdade, elegante e linda como era a cidade do Rio de Janeiro, naquele período de vida estilosa e moderna.

Com a aquisição, em 1975 (logo após a posse de Marcos Tamoyo) , da ex-embaixada inglesa, na rua São Clemente, em Botafogo, a linda mansão foi designada como Palácio da Cidade

No Palácio da Cidade, construído, originalmente, em estilo georgiano, para abrigar a Embaixada do Reino Unido no antigo Distrito Federal , e erguido entre 1947 e 1949 ( na condição de sede da embaixada), foram realizadas muitas recepções históricas, no tempo de Belita e Marcus Tamoyo.

Com a coordenação da elegante Belita Tamoyo, após a assinatura da escritura para que lindo imóvel na rua São Clemente se tornasse o Palácio da Cidade, o prefeito Marcos Tamoyo contou com a participação de uma pequena equipe de colaboradores para preparar a casa para ser a sede da Prefeitura.

Antes de se tornar Palácio da Cidade, a histórica mansão, na condição de embaixada inglesa, hospedou a Rainha Elizabeth e Príncipe Philip , quando eles visitaram o Rio de Janeiro, em 1968.

Na gestão de Marcos Tamoyo, com a incansável Belita como primeira-dama, o Palácio da Cidade foi palco de uma festa memorável, em homenagem ao herdeiro do trono da Inglaterra, Príncipe Charles, quando ele esteve no Rio de Janeiro, em março de 1978.

Na ocasião, houve a apresentação da bateria e de integrantes da Beija-Flor.

Empolgado com a escola de samba, o príncipe Charles, solteiro, 28 anos, não se conteve, rompeu com as regras monárquicas e se esbaldou com o ritmo contagiante.

Sambou com a passista Pinah, dançou até o chão. As fotos ficaram famosas e rodaram o mundo. A recepção de Belita e Marcos Tamoyo ganhou as primeiras páginas do Brasil e do mundo.

Marcos Tamoyo e Belita marcaram época na história do Rio de Janeiro.

O casal amava passar os feriados em Petrópolis ( onde Belita tem casa, até hoje).

O ex-prefeito, que morreu inesperadamente, aos 54 anos, em 1981, trabalhou com Carlos Lacerda, no governo do antigo Estado da Guanabara e acompanhou a conclusão das obras do rio Guandu, nos anos 60, foi diretor da Novo Rio ( empresa fundada por Carlos Lacerda, em 1965), em 1967, filiou -se ao antigo MDB, em 1969, e, a partir da revogação do bipartidarismo , em 1979, dedicou-se à organização do PDS no estado.

Tamoyo era cotado para ser o candidato do PDS ao governo do Estado do Rio de Janeiro, nas eleições de 1982, antes de falecer ( em 1981).

Como prefeito, Marcos Tamoyo construiu 62 praças, reformou 49, fundou 45 escolas reformou hospitais, entre eles o Miguel Couto, construiu o Riocentro, o autódromo de Jacarepaguá e o Planetário, urbanizou a Cidade

Nova, construiu a Marina da Glória, urbanizou a Lagoa Rodrigo de Freitas, criou o sistema Rádio táxi, entre outras coisas.

Créditos: Mauro Magalhães