Deterioração e o quadro de incerteza tanto na produção, atividade econômica e baixa renda tem contaminado o consumidor refletindo no índice de confiança, diz especialista
eeeeeeeppO impacto dos preços no bolso do consumidor influencia na queda do índice de confiança do consumidor (ICC), em pesquisa do Instituto Ipsos. O Brasil desceu pelo terceiro mês seguido, conforme os dados do ICC no indicador de maio, apresentando redução de 1,6 pontos em relação a abril. No mês anterior a baixa foi de 3,5 pontos, sendo a maior queda entre todos os países pesquisados. Em abril, o Brasil ocupava a nona colocação no ranking e, em maio, caiu para o décimo lugar, com 51,7 pontos.
No acumulado dos últimos 12 meses, o índice brasileiro apresentou a quarta maior queda, ficando atrás de Peru (-7,6), Malásia (-7,2) e Turquia (-5,2).
Segundo Alexandre Augusto Gaino, professor de economia do curso de Administração da ESPM, o país dava sinais de recuperação em sua economia nos últimos meses. Embora tenha havido uma recuperação em fevereiro, desde novembro todos outros meses foram de quedas. “A Índia também é destaque no levantamento. O país segue no topo do ranking de confiança do consumidor por quase um ano. Os indianos tiveram a maior alta acumulada nos últimos 12 meses, de 9,1 pontos, encerrando maio com 68,7”.
Apesar dessa tendência de queda, o especialista destaca que o Brasil permanece entre os 10 países maiores no índice de confiança e estando bem acima da média global de 48,9 pontos, mas “essa situação de recorrência de queda dá margem ao aumento da incerteza, contaminando setores da economia, desgaste político e queda do emprego”.
Gaino explica ainda que mesmo com uma taxa de juros elevada e a inflação permanente, acaba afetando a taxa SELIC que deve permanecer nesse ano nos dois dígitos. O mercado na verdade sinalizava uma queda acentuada da taxa. Então, essa deterioração e o quadro de incerteza tanto na produção, atividade econômica e baixa renda tem contaminado o consumidor e refletindo no índice de confiança”, conclui.