Cai desemprego no DF segundo pesquisa da Codeplan/Dieese
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Cai desemprego no DF segundo pesquisa da Codeplan/Dieese

Cai desemprego no DF segundo pesquisa da Codeplan/Dieese

Distrito Federal inicia o ano com queda no desemprego
Em um ano a taxa diminuiu 1,1 ponto percentual graças ao aumento do nível ocupacional

O Distrito Federal segue firme na retomada da economia, conforme aponta a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) apresentada nesta manhã (22/2). O levantamento feito pela Codeplan e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que entre janeiro de 2021 e de 2022, a taxa de desemprego total diminuiu 1,1 ponto percentual (p.p), ao passar de 18,1% para 17,0%, em números absolutos, o contingente de desempregados na Capital caiu de 291 mil para 283 mil. Já a taxa de participação (pessoas com 14 anos e mais englobadas no mercado de trabalho, empregadas ou desempregadas), cresceu de 64,0% para 65,5%.

A justificativa para essa queda é o aumento do nível ocupacional (73 mil novos postos de trabalho) superior ao acréscimo da População Economicamente Ativa – PEA (64 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho), ou seja, a estimativa de pessoas ocupadas aumentou de 1.314 mil para 1.387 mil nos últimos doze meses. A diretora de estudos e políticas socioeconômicas, Clarissa Schlabitz, explica que “o registro do aumento do número de ocupados, quando comparado janeiro deste ano com janeiro de 2021, reflete a melhora do mercado de trabalho e o maior leque de oportunidades que a recuperação da economia oferece”, disse.

Os setores de serviços, comércio e reparação, construção civil e indústria de transformação foram os que mais contribuíram para o incremento na ocupação. Além do aumento do assalariamento no setor privado com e sem carteira assinada e do agregado demais posições. “Como um dos fatores que fortalecem a possibilidade de continuidade do declínio do desemprego estão as sinalizações de contratação pelo setor público e pelo setor privado, com carteira assinada.”, afirmou Lúcia Garcia, economista e técnica do Dieese.

COMPARAÇÃO MENSAL – DEZEMBRO/JANEIRO

Comprando com o mês de dezembro de 2021, a taxa aumentou de 15,9% para 17,0% da PEA, assim como a taxa participação, que cresceu de 64,8% para 65,5%.

A justificativa para a elevação da quantidade de desempregados foi o aumento PEA (mais 19 mil pessoas na força de trabalho), já que o número de ocupados ficou relativamente estável (menos 1 mil postos de trabalho). A relativa estabilidade desse número de ocupados decorreu da redução dos postos de trabalho na construção, de um lado, e de pequenas variações positivas na indústria e no setor de serviços, de outro; e quanto à forma de inserção, do aumento do assalariamento no setor privado e no setor público e decréscimos do número de trabalhadores autônomos, de empregados domésticos e de ocupados nas demais posições.

Lúcia Garcia, explica esse comportamento: “A apuração das primeiras informações de 2022 demonstra que um misto de sazonalidade, impactos da Ômicron e dos efeitos inflacionários chegaram ao novo ano gerando impasses que devem ser diluídos ao longo do primeiro trimestre. Dessa forma, não surpreende o fato de a taxa de desemprego interromper a trajetória de declínio, iniciada em junho de 2021, visto que as ocupações do tipo autônomo também refrearam e o ânimo da economia continua contido pela massa de rendimentos rebaixada pela inflação. Porém é necessário aguardar os resultados de fevereiro e março para levantar hipóteses sobre o ano.”, finalizou a economista.