Circo Vitória realiza oficinas de arte circense no DF
Cultura

Circo Vitória realiza oficinas de arte circense no DF

Projeto oferece aulas gratuitas de trapézio, tecido acrobático, acrobacias aéreas (LIRA), bambolê e malabares para alunos da rede pública de ensino.

Considerada a mãe de todas as artes, a cultura circense é tão antiga que se perde na história das civilizações. Transmitidas de geração a geração, as técnicas de movimentos audaciosos e precisos, que encantam pessoas de todas as idades, sempre foi restrita ao ambiente do circo, mas, agora, estarão disponíveis para estudantes de escolas públicas do Distrito Federal. Essa é a proposta do projeto do Circo Vitória, contemplado com o FAC Manutenção de Espaços, que oferecerá cinco oficinas ao longo de 12 meses, a partir de maio.

“Recentemente nos apresentamos em escolas, onde crianças de 12 anos nunca tinham ido a um circo. A cultura circense é muito rica e não pode morrer, por isso queremos iniciar as oficinas onde há menos acesso à cultura. As atividades começam pelo Recanto das Emas, onde o circo está instalado, e, depois, seguem para o Riacho Fundo 2, Samambaia e Guará”, explicou Loiri Teresinha Mocellin, que administra o Circo Vitória com seus filhos e netos.

A motivação para o projeto veio com a suspensão dos espetáculos em razão da pandemia de Covid-19, que levou a um período difícil para as famílias que vivem de produção cultural.  Percebendo a dificuldade enfrentada pelo Circo Vitória, o Gerente de Cultura do Guará, Julimar dos Santos, que era artista de rua e circense, sugeriu à Agenda Cultural Brasília que elaborasse um projeto para auxiliar o grupo, ao mesmo tempo em que se reforçava e se mantinha viva a arte circense.

O Circo Vitória nasceu em 1993, no interior de São Paulo, com a 5ª geração da tradicional família “Almeida”, formada por grandes trapezistas. Nos seus quase 30 anos de história, percorreu diversos Estados brasileiros, de diversas Regiões, como: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Paraná, e atua há oito anos no DF, realizando espetáculos e desenvolvendo ações sociais. Nessas ações, apresenta espetáculos solidários em creches, asilos e instituições, como a APAE, promovendo a arrecadação de brinquedos e alimentos, entre as quais se destaca a realização do “Natal Solidário”.

O trabalho com as escolas é permanente, ora estimulando a ida dos alunos ao Circo ora fazendo apresentações na própria escola, em eventos como a Semana da Criança, realizados na Candangolândia, no Núcleo Bandeirantes e no Park Way.

Ações de acessibilidade facilitarão que pessoas portadoras de deficiência possam participar das oficinas e haverá reserva de vagas para aquelas cujas deficiências não sejam empecilho à sua realização, além da adoção do aplicativo de acessibilidade desenvolvido pelo Ministério do Planejamento (V-Libras) e de Audiodescrição nas ações de divulgação do evento.

“Essa será uma experiência inesquecível para as crianças e, como o circo também é paixão, quem sabe quantas delas depois seguirão como artistas, de forma profissional?”, pondera Loiri. A esperança da vida do Circo também está nelas. “Depois dessa experiência, continuaremos realizando no Circo oficinas culturais gratuitas, trazendo as famílias dos alunos como público, ampliando os vínculos entre eles e deles com a cultura circense”, concluiu.

As oficinas de arte circense são realizadas com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF e apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, através de sua Subsecretaria de Fomento e Incentivo Cultural, e da Secretaria da Educação. A elaboração, gestão e assessoria de imprensa do projeto são da Agenda Cultural Brasília.

SERVIÇOO que: Oficinas gratuitas de arte circense para estudantes de rede pública de ensino (trapézio, tecido acrobático, acrobacias aéreas – LIRA, bambolê e malabares)

Quando: a partir de maio de 2022

Onde: Recanto das Emas, Riacho Fundo 2, Samambaia e Guará.

Acessibilidade: reserva de vagas – até 120 estudantes, uso de V-Libras e autodescrição nas ações de divulgação