Eco-friendly: a renovação da moda a partir da consciência
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Eco-friendly: a renovação da moda a partir da consciência

O empresário de moda Douglas Rocha traz em suas coleções o conceito ‘eco friendly’ de redução do uso de plástico, humanização da moda e que diz não ao consumismo e ao fast fashion
No mundo inteiro, grandes empresas ligadas à moda como a Burbery, Saint Laurent e a Nina Ricci estão abandonando o uso do plástico em suas peças e embalagens em um esforço de preservação do meio ambiente e de desenvolver uma consciência mais sustentável.
No Brasil, o empresário Douglas Rocha é um dos que passaram a abolir ao máximo o plástico de toda a cadeia produtiva, desde a confecção ao envio: “adotei a redução do uso de plástico, substituindo outros materiais biodegradáveis, um uso consciente do plástico e o mínimo consumo deste material na confecção das minhas peças e também das embalagens que vão pelo correio, me adaptando ao consumo consciente das matérias primas no quesito sustentabilidade, disponibilidade e humanização da minha marca”.

Além de suas peças, Douglas tem vendido em sua loja online, através das redes sociais, sacolas ecológicas (as chamadas ecobags) e posiciona-se favorável a um melhor uso dos recursos naturais e humanos sem a pressão do consumismo: “meu conceito de moda é totalmente contra a exploração e a degradação.
Enquanto vemos grandes marcas de fast fashion até sendo processadas por uso de mão de obra escrava para atender às demandas do mercado, eu busco o equilíbrio e a sustentabilidade na contramão do sistema, trazendo a originalidade e o uso consciente de recursos em cada peça, com um conceito eco-friendly, amigo do meio ambiente e da vida”.

O empresário afirma que a moda deveria ser menos focada em quantidade e consumo e mais no conceito artístico e na expressão independente de estação: “Sou a favor de uma moda consciente e atemporal. Você não precisa consumir vorazmente para estar na moda, comprando diversas coisas para satisfazer a vontade de um sistema. A moda não é bem por ai, não tem apenas a ver com o consumo. Não penso em coleções sazonais, que servem apenas para inverno ou verão, mas para todas as estações.

A moda de certa forma anda sofrendo com a desvalorização da arte e do conceito por trás de cada peça. Acho que nos anos 90 com a entrada maciça do fast fashion a moda começou a agonizar seus últimos momentos, por assim dizer, dando lugar a opções processadas para as massas”.