Edtechs brasilienses trazem inovação à educação da capital

Com novas ferramentas e plataformas, startups de educação crescem no mercado brasiliense

O futuro da educação depende da inovação no formato tradicional do ensino. Aulas que não desenvolvem a autonomia dos alunos, e não alinham o aprendizado com as novas tecnologias, tendem a não despertar a atenção dos mais jovens.

Para mudar essa realidade, as edtechs surgiram com o objetivo de unir aprendizagem e tecnologia, contando com o auxílio de diversas ferramentas e plataformas. E Brasília não está de fora desse cenário: o mercado edtechs brasilienses tem sido um dos mais prósperos no Brasil.

De acordo com o Censo da Edtech Meetup, aproximadamente 60 edtechs estão atuando na capital, proporcionando alto grau de profissionalização do setor. Diante desse crescimento surgiu o evento Edtech Meetup, que estreita a relação entre instituições de ensino e as edtechs. Neste ano, 30 edtechs brasilienses farão parte desse momento.

Uma delas é a startup Br.ino, cuja proposta é ensinar tecnologia de forma simples e divertida.

O diretor financeiro do Br.ino, Gabriel Pacheco, explica que o objetivo da startup é democratizar o ensino de robótica no Brasil. “O Br.ino desenvolve diversos produtos para facilitar o acesso e o ensino de tecnologia do país. Dentre elas, destaca-se nossa linguagem de programação totalmente traduzida para o português, uma ferramenta simples e que promove um primeiro contato com a computação, mais intuitivo e acolhedor”. Além da tradução, a startup produz o Ornitobrino, um kit de robótica lúdico e acessível para crianças.

Ainda segundo o Censo Edtech Meetup, 2015 foi o “boom” das edtches na capital. Cerca de 80% abriram as portas a partir desse ano. “O Br.ino nasceu após o sucesso da nossa primeira experiência com o ensino de robótica. Havíamos fundado um projeto de monitoria para a Olimpíada Brasileira de Robótica no Centro Educacional Leonardo da Vinci e conquistado medalhas na competição. Essa iniciativa preparou mais de 100 alunos para o desafio e demonstrou a importância desse conhecimento nos dias de hoje”, conta Gabriel.

Outra boa notícia para o cenário brasiliense é a taxa de crescimento de 475% de edtechs que já estão em fase de tração (mercado consolidado, foco em crescimento), conforme o Censo Edtech Meetup.

A edtech Pais a Bordo faz parte dessa crescente e acredita que o evento é uma oportunidade para auxiliar no crescimento da startup. ”Queremos fazer contatos e bons negócios com as instituições de ensino da capital e o evento é uma oportunidade essencial para isso”, ressalta o diretor da edtech, Renato Mueller.

A Pais a Bordo surgiu em 2018 e oferece inovações para o ensino nas escolas, por meio de uma comunicação digital. “A escola que fecha com a Pais a Bordo substitui a agenda de papel como principal meio de comunicação com os pais, pela plataforma digital. A escola paga apenas uma taxa de ativação do serviço e os pais pagam uma anuidade por aluno para ter a vida escolar de seus filhos na palma da mão”, explica o diretor da edtech, Renato Mueller.

A plataforma moderniza a escola e oferece constantes recursos, além de ajudar a reduzir burocracias nas escolas.

Além de plataformas de ensino fundamental e médio, as edtechs brasilienses oferecem também conteúdos diferenciados que auxiliam os universitários. A Science Play foi criada para atender justamente esse público, com conteúdos científicos oferecidos nas plataformas de streaming. “Após 16 anos organizando congressos, vi que através da tecnologia podíamos levar o congresso até os profissionais e não os profissionais até o congresso”, explica o idealizador da edtech, Brunno Falcão.

A edtech é uma plataforma de conteúdo cientifico e prático para profissionais e estudantes de Nutrição, Medicina e Personal Trainers. A startup também fará parte do evento das edtechs. “Estamos ansiosos para mostrar o nosso projeto aos profissionais de Brasília, podemos conquistar a oportunidade da nossa edtech ser reconhecida mundialmente”, explica o idealizador.

Serviço: