Estética sobrevive à crise econômica e é uma das áreas mais promissoras
Saúde

Estética sobrevive à crise econômica e é uma das áreas mais promissoras

Setor cresceu 2,7% em 2017 e é promessa de emprego garantido nos próximos anos
Em tempos de promoção da boa forma e do bem-estar, o mercado de estética é impulsionado pela força do marketing nas redes sociais e pela ação dos influenciadores digitais. Mesmo depois da maior recessão da história do país, o segmento de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos cresceu 2,7% em 2017, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

A mesma pesquisa mostra que o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial do setor, respondendo por cerca de 6,9% do mercado consumidor mundial, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão. Não é à toa que, no país, o setor é o segmento industrial que mais investe em pesquisa e desenvolvimento.

A relevância do Brasil nessa área não é recente. Segundo a revista Stylist, a mulher brasileira gasta anualmente 11 vezes mais com produtos de beleza do que as mulheres inglesas. É claro que isso reflete em uma demanda crescente por mão-de-obra qualificada. Dados da ABIHPEC mostram que os serviços de beleza, representados pelos salões, empregaram 1,33 milhão de pessoas, em 2017. As franquias abriram 221 mil vagas, à frente da indústria, que garantiu 120,5 mil postos de trabalho.

Capacitação

A expectativa é que esse mercado expanda cada vez mais, investindo em segmentação, com produtos e atendimentos cada vez mais personalizados para abocanhar uma parcela ainda maior de clientes fiéis, explorando principalmente as plataformas digitais. “É um mercado que está em ascensão no Brasil. O maior desafio hoje é a capacitação. O profissional que escolhe a área da estética tem que estar disposto a buscar sempre especialização e atualização no que se dispõe a atuar”, explica Luiza Blush, coordenadora do curso de estética da faculdade Unyleya.

Uma opção rápida e mais barata para quem deseja ingressar no mercado de trabalho, ou até mesmo para aqueles que já trabalham na área e querem se capacitar, reciclar ou buscar novos conhecimentos, é o curso técnico de estética, com duração de dois anos. Uma das vantagens dessa modalidade em relação à graduação (que tem duração de quatro anos) é que o único pré-requisito é ter concluído ou estar cursando o 2º ano do Ensino Médio. O curso também é indicado para quem trabalha em outros segmentos, mas procura por melhores oportunidades profissionais.

O profissional do ramo é conhecido como esteticista. Ele atua no tratamento e embelezamento corporal, facial e capilar. Sua área de atuação inclui centros de estética, salões de beleza, SPAs, clínicas e hospitais, auxiliando nutricionistas, dermatologistas, fisioterapeutas e cirurgiões.

Embora o negócio ainda seja dominado por mulheres, tanto em relação à composição do mercado de trabalho quanto ao público alvo, a participação maior dos homens está revolucionando o setor. “Essa é uma tendência mundial. O público masculino já representa 30% da clientela nas clínicas de estética, segundo a Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC Spas). Esse número chega a 35% quando o assunto é compras de produtos para cuidar da aparência. Cresceu também o número de profissionais do sexo masculino no mercado de trabalho”, indica Blush.