Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil que atrair goianos para o Web Summit Lisboa, maior evento de tecnologia do mundo
Um novo capítulo vem sendo escrito na histórica relação entre Brasil e Portugal, agora contextualizada pela nova economia digital. O território lusitano vem se tornando a principal porta de entrada das startups que desejam escalar no continente europeu graças a uma política pública desenvolvida nos últimos anos para favorecer a inovação e o empreendedorismo.
Nos últimos cinco anos Portugal deu um salto no desenvolvimento. O País passou a ser um celeiro mundial de inovação com incentivos oferecidos pelo Governo Português, como visto especial para quem vai trabalhar em startups, vouchers para empreendedores, baixíssima burocracia, entre outros. Hoje são mais de 3.500 coexistindo – mais de 70% são estrangeiras – um mercado que representa 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.
Foi para apresentar esse efervescente cenário, que o presidente das Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, Nuno Rebelo de Sousa, também filho do presidente da República, veio a Goiânia pela primeira vez, nessa quarta-feira, 18 de setembro, a convite do Gyntec – Condomínio Empresarial Tecnológico – e Sírius Venture Capital.
Na oportunidade, ele convidou empresários e empreendedores goianos para participarem do Web Summit Lisboa, maior evento de tecnologia da Europa agendado para 5 a 7 de novembro na capital portuguesa. Durante os quatros dias ocorrerão, simultaneamente, palestras, workshops e conferências.
“Pelo quarto ano, realizamos uma missão, em parceria com o Governo Português, voltada para empresários brasileiros, o que incluirá os goianos neste ano. Iremos à feira, que tem quatro pavilhões e mais de dois mil expositores, mas também fazer visitas dirigidas de campo a empresas, universidades, instituições governamentais, hubs etc”, disse. O objetivo, segundo Nuno, é conectar startups e empresários goianos com stakeholders da capital portuguesa.
Nuno diz que grande é interesse dos brasileiros pelo País, cuja economia é altamente internacionalizada – 90% de seus produtos são importados ou exportados. Ele estima que hoje existem cerca de 300 mil brasileiros morando em Portugal, muitos trabalhando nas startups. “Somos um País com 10 milhões de habitantes, um lugar com dimensões ideais para se testar ideias e crescer mais rapidamente, com um custo menor, pensando em atacar um mercado de 500 milhões de habitantes, que é a Europa, ou voltar para o Brasil mais preparados”, diz.
No congresso serão disponibilizadas 70 mil inscrições para mais 150 países. Somente no ano passado, cerca de 1500 brasileiros participaram do evento mas, segundo Rebelo, cerca de 2500 pessoas são esperadas na edição de 2019. “Goiânia está sedenta por inovação, tentando achar o modelo ideal para o desenvolvimento tecnológico, por isso estamos buscando essa conexão com Lisboa, em busca de internacionalização de negócios e compartilhamento de experiências”, afirma Marcos Alberto Bernardo Campos, Co-Founder do Gyntec e Sírius Venture Capital.
Após o Web Summit Lisboa 2019, a conexão com os goianos deve se intensificar. Durante sua vinda à Goiânia, Nuno manifestou interesse em programar uma nova missão com empresários goianos a Portugal para apresentar as agrotecs, que atuam com agricultura de precisão, ou seja, alta produtividade por metro quadrado. “Um das áreas que mais cresce em Portugal é a da tecnologia no agronegócio para pequenas áreas. Muitos investidores brasileiros e essa é uma matéria com uma sinergia muito grande com o Centro-Oeste.”