Lesões neuropáticas são consequência de diagnósticos tardios de doenças crônicas
Saúde

Lesões neuropáticas são consequência de diagnósticos tardios de doenças crônicas

O problema atinge pacientes portadores de lúpus, diabetes, hipertensão arterial e hanseníase com mais frequência

 As lesões neuropáticas não são muito comentadas no dia a dia das pessoas. Isso se deve ao fato de que o problema é ocasionado por certas doenças silenciosas que, normalmente, são diagnosticadas tardiamente, como lúpus, diabetes, hipertensão arterial e até mesmo hanseníase. Essas feridas são geradas devido a redução da sensibilidade do paciente em determinado local do corpo, o que aumenta os níveis de ferimentos provocados por essa condição.

De acordo com o Dr. Igor Nunes, cirurgião geral e vascular do Cenfe, centro especializado em tratamento de feridas, em Brasília, explica que a perda da inervação periférica – isto é, fraqueza ou dormência de dedos, mãos, pés, pernas e braços – leva a perda da sensibilidade local, à dor ou a estímulos sensitivos, que são protetores da nossa integridade cutânea.

“Pedras dentro do sapato, costuras mal posicionadas ou até mesmo uma pancada qualquer levam ao surgimento de lesões cutâneas que, também por mecanismos metabólicos alterados, podem não cicatrizar de forma adequada. Estes fatores, associados a comorbidades frequentes – duas ou mais doenças presentes em uma mesma pessoa – perpetuam à lesão neuropática”, explica o médico.

Quando as doenças que potencializam as lesões neuropáticas não são diagnosticadas prontamente, os pacientes podem ter dificuldade de encontrar uma solução para os ferimentos que surgem na pele. Normalmente, essas feridas possuem aspectos semelhante aos ferimentos normais, porém, sem secreção com pus e/ou odores fortes. Por serem indolores, passam despercebidos.

Para tratá-las, Dr. Nunes pontua a importância da identificação e do controle da doença “de base” que levou a pele a apresentar a lesão neuropática. “É fundamental que o paciente esteja em acompanhamento multidisciplinar em busca do controle ideal da doença crônica para que a lesão cicatrize de forma adequada. O processo é quase sempre lento e delicado, o que exige atenção dos profissionais envolvidos no procedimento”, complementa.

Além disso, é fundamental compreender que as lesões tendem a se agravar quando há quadros alérgicos envolvidos. A falta de cuidado no local da ferida também pode gerar infecções secundárias, aprofundamento da lesão e exposição óssea e de tendões. Nos casos mais graves, pode gerar a amputação de membros.

Serviço:

Cenfe

(61) 3045-6280

(61) 98641-9201

http://www.cenfewc.com.br