Investimento

Nova Economia: há vagas para quem já se transformou digitalmente

Profissionais com habilidades e familiaridade em trabalhar com ferramentas digitais têm mais chances no mercado de trabalho, mesmo num cenário econômico complicado. É o que revela recente levantamento feito pelo Gyntec Academy

Em  tempos de pandemia há sim vagas sobrando no mercado de trabalho, e não são somente em funções para a área de saúde. Profissionais com habilidades e familiaridade em trabalhar com ferramentas digitais, estão em alta, mesmo num cenário econômico complicado. Pelo menos é o que indica uma sondagem de mercado feita em maio deste ano junto a empresas de Goiânia.

O levantamento é do Instituto Gyntec e foi realizado  Instituto Gyntec Academy, e foi realizado em parceria com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação de Goiás (Assespro-GO) e a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex). O objetivo foi de avaliar os impactos e as adaptações feitas pelas empresas no mundo pós-pandemia.

Resultados da sondagem de mercado, que ouviu 38 empresas de diversos segmentos, apontam que a pandemia de fato eliminou um grande número de postos de trabalho, mas também mostrou que este novo momento também estimulou e acelerou o crescimento de outros setores como o de tecnologia da informação e o de comunicação e marketing digital.

Das companhias participantes do levantamento e que estão com vagas em aberto, um percentual superior a 55% estão a procura de profissionais com essas habilidades.

Entre as empresas que estão ofertando oportunidades, os perfis mais procurados são os de profissionais que têm experiência com gerenciamento de mídias socais, desenvolvimento de conteúdo digital (para sites e redes sociais), gerenciamento e planejamento em inovação, gestão de projetos, análise de dados, metodologias ágeis e Scrum (sistema gerenciamento para desenvolvimento de software).

“São aptidões muito requeridas por empresas dos segmentos de comunicação digital, publicidade e marketing digital, segurança e análise de dados e desenvolvimento de tecnologias digitais.

Afinal estes são setores que registraram grande demanda nessa época de distanciamento social, quando muitas empresas foram obrigadas a colocar em prática ou até mesmo criar de um dia para o outro seus projetos de transformação digital”, esclarece Marcos Bernardo, co-funder do Instituto Gyntec Academy.

Aumento da demanda
Diretora de uma agência de marketing digital em Goiânia, a publicitária Tauhana Porto conta que logo que foi decretado o estado de emergência em saúde pública no Estado de Goiás registou um aumento de 50% nas demandas apresentadas por seus clientes.

“Com essa questão da pandemia e do distanciamento social, as empresas perceberam a necessidade de reforçar sua presença no meio digital. Então nossos clientes começaram demandar muito”, revela a publicitária que contratou recentemente duas pessoas para sua equipe, uma design e uma profissional para área de desenvolvimento de campanhas.

Tahuana explica ainda que para sua área de marketing e comunicação digital a familiaridade e o gosto em trabalhar com mídias digitais e redes sociais são requisitos indispensáveis para quem quer atuar neste segmento.

Marcos Bernardo explica que o levantamento também apontou para uma procura grande por profissionais de vendas e marketing, com 34,20% das empresas ouvidas dizendo que estão a procura de pessoas com estas habilidades. “A busca é por profissionais de vendas e marketing já inseridos e com ampla experiência em ferramentas digitais e atendimento online”, frisa.

Oportunidade
E foram suas habilidades em produção de conteúdo digital e para redes sociais que garantiram uma oportunidade para outra publicitária. Após uma temporada de um ano nos Estados Unidos, onde estava treinando para outra ocupação que tem, atleta de escalada, e produzindo conteúdo digital para uma produtora de vídeo, a publicitária Jordana Agapito, voltou ao Brasil para assumir a gerência de marketing de um dos maiores complexos de saúde e bem-estar do País, o Órion Business Complex, em Goiânia. “A oportunidade surgiu bem no começo da pandemia”, revela.

A executiva observa que, mesmo quem não trabalha nas áreas de comunicação, marketing e TI, está buscando desenvolver seus conhecimentos em habilidade do universo digital como o gerenciamento de redes sociais.

“Nesta minha experiência atual aqui no Órion, onde atuo com muitos profissionais de saúde, tenho percebido isso. Tenho visto por parte deles um movimento muito grande de se inserir no marketing digital, usando várias ferramentas digitais, buscando usar de maneira mais profissional suas redes sociais.

E isso acaba repercutindo no mercado de oportunidades, pois, com o desenvolvimento de sua presença digital, eles precisarão contratar serviços”, conta a gerente de marketing.

 

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