Oscar de 2019 foi regado de surpresas
Cultura

Oscar de 2019 foi regado de surpresas

O filme Green Book, que retrata a vida de Don Shirley, um pianista com talento sobre-humano e rechaçado no universo da música clássica por causa da cor da sua pele, desbancou Roma, a obra-prima de  Alfonso Cuarón, e levou o Oscar 2019 de melhor filme. O mexicano consolidou-se como melhor diretor (o quinto de sua nacionalidade nos últimos seis anos) e levou também a estatueta de melhor filme estrangeiro (foi o quinto filme na história a concorrer em ambas categorias). Roma, produzido pela Netflix, também levou a estatueta de melhor fotografia, na 91ª edição da premiação da Academia de Hollywood, realizada neste domingo, 24 de fevereiro.

A noite também foi importante pelo recorde de maior número de prêmios para profissionais negros (7 estatuetas) e para mulheres (15) em toda história da premiação.

“Green Book: O Guia”, sobre a amizade entre um motorista racista e um músico negro, venceu como Melhor Filme, além de Roteiro Adaptado e Ator Coadjuvante (Mahershala Ali). A cinebiografia do Queen e de Freddie Mercury levou quatro estatuetas, incluindo melhor ator para Rami Malek.

“Roma” deu três prêmios a Alfonso Cuarón, incluindo sua segunda estatueta como diretor e o primeiro Oscar de Filme Estrangeiro para o México.

Veja os melhores momentos do Oscar:

Outros destaques do Oscar 2019:

  • “A Favorita” bateu a favorita: Olivia Colman foi Melhor Atriz pelo filme “A Favorita”. No discurso, ela pediu desculpas a Glenn Close, que era apontada como favorita ao prêmio, na 7ª indicação sem vitória
  • Lady Gaga levou por Melhor Canção com “Shallow”, a única estatueta de “Nasce uma estrela”
  • Spike Lee ganhou seu primeiro Oscar “oficial”, após prêmio honorário em 2006. Foi pelo roteiro original de “Infiltrado na Klan”
  • “Pantera Negra” levou 3 prêmios técnicos: trilha sonora, figurino (o 1º para profissional negro) e direção de arte (1º para uma mulher negra)
  • A Netflix foi premiada quatro vezes: além de “Roma”, levou documentário em curta-metragem com “Absorvendo o tabu”
  • Rami Malek foi o melhor ator e celebrou a chance de contar a história de Freddie Mercury: ‘um homem gay, um imigrante, que viveu a vida sem pedir licença’
  • Show do Queen abriu a cerimônia, a primeira sem apresentador em 30 anos