Pesquisa revela como está a saúde de jornalistas na pandemia
Rio de janeiro

Pesquisa revela como está a saúde de jornalistas na pandemia

Levantamento realizado pela Diretoria de Assistência Social (DAS) da Associação Brasileira de Imprensa ( ABI) com parte dos associados da entidade revela que 70% dos jornalistas entrevistados ( associados), com mais de 60 anos, dependem de transporte público e que desses, cinqüenta por cento são usuários do SUS .
Presidida pela jornalista Rosayne Macedo, a comissão de Assistência Social é formada pelos associados Agata Messina, Ana Helena Tavares, Analea Rego, Cleyber Fintelman, Cristina Nunes, Glória Alvarez, Ilza Araújo, José Luiz Laranjo, Malu Fernandes, Vilson Romero e Yacy Nunes.
A pesquisa “A saúde do associado em tempos de pandemia, realizada em abril de 2020, mostrou a vulnerabilidade social dos associados da ABI.
“É um pequeno retrato da situação em que se encontra parte de nossa categoria. Serve como alerta e mostra que precisamos discutir amplamente como mudar esse quadro que vem se deteriorando cada vez mais” – disse Marcelo Auler, que elogiou o trabalho do grupo liderado por Rosayne Macedo.
Quase a metade dos entrevistados (47,8%) depende do Sistema Único de Saúde, a maioria (59,6%) é usuária de transportes públicos e quase um terço (30,9%) ganha menos de três salários mínimos. Além disso, a maior parte dos associados (mais de 70%) está acima dos 60 anos de idade, em situação de extrema vulnerabilidade durante a pandemia do novo coronavírus.
Grande maioria (47,4%) qualificou como “bom” seu estado de saúde e 35,1% dos entrevistados relataram ser “muito bom”. Um total de 12,3% responderam que o estado de saúde é razoável e o restante, que é ruim . Ao se avaliar a saúde emocional dos associados, 29,8% diziam-se esperançosos, 28% ansiosos, 24,6% otimistas e 12,3% deprimidos. Os demais responderam ‘pessimista’ ou ‘outros’.
Das 57 pessoas entrevistadas, 26 responderam que não têm nenhum plano de saúde. Indagadas se possuem alguma doença crônica, 30 pessoas responderam que sim. As mais comuns são hipertensão, enfisema pulmonar e diabetes – importantes fatores de risco para o agravamento de quadros de Covid-19.
Outros responderam: Bronquite alérgica, DPOC, problemas cardíacos, problemas circulatórios, cirrose, bipolaridade, fibromialgia, osteoporose, rinite, sinusite, insuficiência renal e urticária. Uma pessoa respondeu ‘SOLIDÃO’.
O trabalho também apontou a fragilidade dos vínculos de trabalho entre os que ainda estão no mercado de trabalho e o empobrecimento daqueles que sobrevivem dos ganhos da aposentadoria.
Do total de entrevistados, apenas 12% se declararam empregados. Metade (50,9%) é de aposentados ou pensionistas; 22,8% atuam como freelancer; 7% estão desempregados e 7% atuam como empreendedores ou empresários. Uma segunda edição da pesquisa deverá ser realizada ao final de 2021.
Na foto, a diretora de Assistência Social da ABI, Rosayne Macedo, e a conselheira Ana Helena Tavares, em confraternização, antes da pandemia, com o presidente da entidade, Paulo Jerônimo, e outros diretores e conselheiros.