Preço do aluguel no Jardim Goiás e no Marista só perde para cidades paulistanas, aponta pesquisa
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Preço do aluguel no Jardim Goiás e no Marista só perde para cidades paulistanas, aponta pesquisa

Preços de apartamentos em Goiânia valorizam acima da inflação em setembro

O valor da locação nos dois bairros custa cerca de 70% a mais do que em outros bairros da capital goiana. Especialista aponta que valor reflete a comodidade de serviços e mobilidade que eles oferecem

Quem mora de aluguel em Goiânia economiza bem mais do que nas principais cidades brasileiras, aponta a pesquisa FipeZap, que analisa os preços em 25 cidades brasileiras, sendo 11 capitais. A capital goiana tem preço médio de aluguel de R$ 25,21, segundo dados de novembro, o que a coloca na 7ª posição mais acessível. Analisando somente as capitais, é a segunda mais barata, ficando na frente apenas de Fortaleza (CE).

Porém, se o bairro for o Jardim Goiás ou o Marista, a história muda radicalmente de lado. Os valores, comparados às demais cidades pesquisadas, sobem para a terceira posição no ranking das locações residenciais mais caras, perdendo apenas para Barueri (SP) e a própria capital paulistana. No Jardim Goiás, o aluguel custa R$ 43,6 o metro quadrado, o que corresponde a 72,94% acima do preço médio em Goiânia. Já no Setor Marista, o metro quadrado da locação está em R$ 42,4 – 68,18% a mais que a média da cidade.

A especialista em mercado imobiliário e diretora comercial da URBS Imobiliária, Gyselle Campos, explica que a valorização da locação nesses bairros se dá pelo fato de eles unirem, de forma harmônica, três pilares desejados pelos clientes: qualidade, conforto e comodidade. “São bairros com facilidade de acesso a bares, shoppings e restaurantes, infraestrutura para esporte e lazer, com parques próximos. Considero que são bairros que proporcionam uma vida mais prática e dinâmica, ao mesmo tempo em que podem contribuir para a qualidade de vida de quem opta por eles”, afirma.

A especialista conta que esses bairros atraem um público diverso, que buscam imóveis de todos os tamanhos. “Temos a procura por imóveis pequenos e grandes. O público que busca os imóveis menores, geralmente, são executivos, pessoas que buscam independência e espaço, que estão em processo de separação, querendo conforto e praticidade. Essas pessoas costumam, inclusive, optar por locais já mobiliados”, detalha. Já o público que busca por imóveis maiores são famílias que desejam melhorar a logística de trabalho e da escola dos filhos, que desejam mais conforto, mudar para prédios mais novos, casais que estão aumentando a família. “Nesse caso, a procura é por prédios com área de lazer completa, varanda gourmet, projetos mais integrados, armários de bom gosto, acabamento de qualidade e alto padrão”, detalha a especialista.

*Lançamentos para atender a demanda* 

Justamente para atender a demanda crescente, os compactos de luxo são os empreendimentos que têm sido lançados nesses bairros para preencher uma lacuna. Nesses bairros, predominam os lançamentos de unidades maiores, mas a demanda para imóveis menores têm aumentado. “Os compactos de luxo são completos em serviços e oferecem acabamento de alto padrão, equiparando-se aos demais residenciais do bairro”, observa.

Outra tendência dos bairros é a instalação de mixed-uses, empreendimentos que unem residencial, corporativo e serviços, voltados ao público single, executivo e casais sem filhos, outro público que normalmente faz uso da locação. “Esse movimento está mais consolidado no Setor Jardim Goiás, onde já foram entregues grandes mixed-uses e agora está chegando ao Marista para atender a um estilo de vida que proporcione maior comodidade, conforto, praticidade, dinamismo, lazer e entretenimento. É uma tendência”, completa. Exemplo disso são os empreendimentos lançados estrategicamente nesses bairros, como o Opus GEO 136, que será erguido no Marista com duas alas com entradas independentes, sendo uma ala comercial (Geo Work 136) e uma residencial (Geo Home 136).

De acordo com o gerente comercial da Opus, Marcorelio Borges, a maior parte das unidades estão sendo adquiridas por investidores, de olho na rentabilidade. “De 10 unidades, seis são compradas por investidores, que colocam o imóvel em aplicativos de acomodação compartilhada; três são ponto de apoio – geralmente pessoas que moram fora do país ou ruralistas, que precisam de um lugar para se hospedarem na cidade; e um para moradia”, mapeia. Ele lembra que, no caso do Setor Marista, existe escassez de unidades compactas para aluguel.

“Em apenas 60 dias, o complexo Opus GEO teve 98% das unidades vendidas”, conta. Em sua visão, a valorização da locação decorre da falta de oferta desse tipo de residencial. “O preço é maior até por serem imóveis com um conceito mais moderno, em uma região com muitas opções de lazer, serviços e comodidades, o que chama a atenção do público”, conclui.