Teatro

Riobaldo, adaptação teatral da obra de Guimarães Rosa com direção de Amir Haddad, estreia temporada virtual no dia 26 de julho

Adaptação e atuação: Gilson de Barros

O monólogo faz um recorte sobre os amores do ex-jagunço Riobaldo com as três mulheres que determinaram sua travessia: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. A peça, que estava em cartaz quando chegou a pandemia, manteve sua interlocução com o público através de lives semanais entre ator e diretor, em que apresentaram leituras comentadas e ensaios abertos.

A partir da saga do ex-jagunço Riobaldo, a peça aborda questões existenciais, como religiosidade, a relação do homem com Deus – e com o Diabo -, o real e o misterioso, a sexualidade, a masculinidade e o amor, em suas mais diversas formas.

Estas questões extrapolam o Sertão, são conflitos universais. Através do recorte feito na obra de Guimarães Rosa, o monólogo busca jogar luz sobre o papel das mulheres na vida e nos caminhos deste sertanejo, e refletir sobre a travessia do ser humano pela vida.

Datas: 26 de julho, 02, 09 e 16 de agosto, sempre aos domingos, às 16h

Ingressos: https://www.sympla.com.br/riobaldo—26072020__898847

Duração: 70 min / Classificação Etária: 16 anos / Gênero: narrativa dramática

SINOPSE

O ex-jagunço Riobaldo, hoje um próspero fazendeiro, relembra sua vida com as três mulheres que determinaram sua travessia: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. O grande amor por Diadorim que lhe apresentou a vida de jagunço e lhe abriu as portas do conhecimento da natureza e do humano levando-o ao pacto fáustico; o amor carnal e sem julgamentos pela prostituta Nhorinhá; e o amor purificador por Otacília, a esposa, que o resgatou do pacto fáustico e o converteu num ‘homem de bem’.

PALAVRA DO DIRETOR AMIR HADDAD

“Li as duas primeiras páginas do ‘Grande Sertão’ várias vezes. Até perceber que aquela ‘língua’ tinha tudo a ver comigo. O resto da narrativa devorei em segundos, segundo minhas sensações. Aprendi a ler, aprendi a língua, lendo este romance portentoso no original. Entendi!! Não era uma tradução, era um livro brasileiro, escrito na ‘língua’ brasileira.

Até hoje me orgulho de ser conterrâneo e contemporâneo de Guimarães Rosa. E tenho certeza de que qualquer leitor estrangeiro que ler o livro traduzido jamais lerá o que eu li. Assim como jamais saberei o que lê um inglês quando lê Shakespeare. Os realmente grandes são intraduzíveis.”, afirma Amir Haddad.

PALAVRA DO ATOR E ADAPTADOR GILSON DE BARROS

“Riobaldo – o jagunço improvável – é um dos personagens mais complexos da nossa literatura. Traduzir para o teatro a narrativa poética de Guimarães Rosa é missão dificílima. Quem já leu o livro deve concordar. Mas, ‘o que a vida espera da gente é coragem’. Saltei no escuro de coração aberto. O resultado dessa travessia você confere agora. Espero conseguir tocar em você, como o livro toca nos que leem: honesto, suave e profundo. Pretensioso, eu sei. Mas, como enfrentar essa grande obra senão com coragem e ousadia? Se conseguir parte disso já estarei compensado. Evoé!”

FICHA TÉCNICA

A partir de “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa

ADAPTAÇÃO E ATUAÇÃO: Gilson de Barros

DIREÇÃO: Amir Haddad

CENÁRIO E FIGURINOS: Karla de Luca

ILUMINAÇÃO: Aurélio de Simoni

PROGRAMAÇÃO VISUAL: Guilherme Rocha

FOTOS E VIDEOS: Renato Mangolin

PRODUÇÃO: Barros Produções Artísticas Ltda-ME.

ASSESSORIA DE IMPRENSA: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

SOBRE AMIR HADDAD

Com José Celso Martinez Corrêa e Renato Borghi, criou em 1958 o Teatro Oficina, ainda em atividade com o nome de Uzyna Uzona. Nesse grupo, Amir dirigiu “Cândida”, de

George Bernard Shaw; atuou em “A Ponte”, de Carlos Queiroz Telles, e em “Vento Forte para Papagaio Subir” (1958), de José Celso Martinez Corrêa. Em 1959, dirigiu “A Incubadeira” e ganhou prêmio de melhor direção. Deixou o Oficina em 1960. Em 1965, mudou-se para o Rio de Janeiro para assumir a direção do Teatro da Universidade

Católica do Rio. Fundou, em 1980, os grupos A Comunidade (vencedor do Prêmio Molière pelo espetáculo “A Construção”) e o grupo Tá na Rua. Paralelamente, Amir também realizou projetos como “O Mercador de Veneza”, de Shakespeare (com Maria Padilha e Pedro Paulo Rangel), e shows de Ney Matogrosso e Beto Guedes.

Com o microfone na mão, Amir coordena uma trupe de atores pelas ruas e praças. Recentemente tem dirigido e/ou supervisionado peças com nomes como Clarice Niskier, Andrea Beltrão, Pedro Cardoso, Maitê Proença, entre outros.

SOBRE GILSON DE BARROS – ator e adaptador

Estudou na UNIRIO, Bacharelado em Artes Cênicas. Como ator, atuou em “Bolo de Carne”, de Pedro Emanuel; “Murro em ponta de faca”, com direção de Augusto Boal; “Ópera Turandot”, com direção de Amir Haddad; “Os melhores anos de nossas vidas”, com direção de Domingos de Oliveira; “Da Lapinha ao Pastoril”, com direção de Luís Mendonça.

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