Bairros antigos com infraestrutura e rede de comércio consolidadas, como o Setor Coimbra, passam a receber imóveis com conceitos mais modernos e atualizados, atraindo novos compradores
O mercado imobiliário goiano demonstra otimismo e segue movimentado. Pesquisa do Bureau de Inteligência Corporativa apurou que de janeiro a junho de 2018 houve aumento de 46% nas vendas de unidades residenciais em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Já a média nacional foi de 17%. O levantamento mostra também uma diminuição considerável nos estoques de unidades dessas duas cidades. De junho de 2017 para junho deste ano, o volume de 10.701 imóveis recuou 18,31%, chegando a 8.741 unidades disponíveis para venda no final deste primeiro semestre, indo na contramão da crise que ainda atinge a economia do país.
Um dos principais focos dessa movimentação dos investimentos imobiliários têm sido os bairros tradicionais da capital, que estão recebendo novos empreendimentos, como por exemplo o Setor Coimbra, uma das mais antigas regiões de Goiânia, tendo sido incluída no Plano de Urbanização da cidade no ano de 1938. Outros bairros antigos da capital, como o Setor Aeroporto e Campinas, também têm recebido novos edifícios residenciais nos últimos dias.
Para o corretor de imóveis André Lima, a combinação do adensamento já consolidado nesses setores antigos com as inovações trazidas por novos empreendimentos tem sido preponderante na escolha dos investidores pela compra de imóveis nas regiões mais tradicionais da cidade. “Esses bairros antigos, depois de ficarem com uma demanda reprimida por muito tempo, passaram a receber imóveis com conceitos totalmente distintos, mais modernos dos que já existiam nestes setores, contando com academia na área de lazer, itens de sustentabilidade e de segurança mais atuais”, diz André.
Diferenciais como esses pesaram na decisão do casal Augusto de Paula Borges e Marlene Cláudio Borges. Eles receberam em outubro deste ano as chaves do apartamento de três quartos que adquiriram no edifício mais novo do Setor Coimbra, o Residencial Pátio Coimbra. Augusto e Marlene já moram no bairro há 60 anos.
Esse mesmo setor atraiu também o empresário Eudóxio Guimarães, outro comprador de um apartamento de três quartos no Pátio Coimbra. “Eu comprei pensando em investir. O prédio tem uma localização privilegiada, uma planta muito boa e um acabamento excelente”, diz Eudóxio. Com 98 metros de altura, o condomínio vertical se destaca na paisagem do bairro pelas linhas em estilo Art Déco na fachada.
Valorização
A tradição do bairro, a infraestrutura consolidada e a localização próxima à região de Campinas, Setor Oeste e Bueno levaram o casal Hélio e Suely Romanhol a investir em um apartamento de três quartos para viver no Pátio Coimbra com o filho. Hélio comemora a valorização do imóvel em R$ 100 mil desde quando adquiriu a unidade. A construção do Pátio Coimbra começou em 2015, indo na contramão da crise econômica, que atravessava seu auge naquele ano. “É uma obra muito bem elaborada, além da segurança e da localização, bastante completa”, sintetiza o novo morador do condomínio.
No Pátio Coimbra, 60% dos compradores são pessoas que moram no próprio bairro do empreendimento. Essa é uma peculiaridade do mercado imobiliário, conforme acentua Rogério Rodrigues, coordenador administrativo e financeiro da GPL Incorporadora, empresa responsável pelo projeto e construção do residencial. “Os compradores, por já conhecerem o setor, escolheram o Pátio Coimbra pela localização estratégica, as comodidades da área comum e o trânsito no entorno, que não é tão aglutinado, evitando o desconforto na hora de entrar e sair do edifício”, comenta o administrador.
O arquiteto Alexandre Leite, que assina o traçado arquitetônico do empreendimento, avalia que a qualidade de vida proporcionada pelo setor Coimbra foi o que atraiu os investidores para o residencial. Segundo ele, o fato de ser um imóvel com uma tipologia moderna e atual e muito bem localizado favorece o investimento para locação. “A vizinhança é muito boa e com certeza pesou na escolha de quem comprou”, observa o arquiteto.
Alexandre salienta ainda que a fachada peculiar do prédio, que remonta aos primeiros imóveis de Goiânia, contribui para valorizar o apartamento. “Essa fachada que faz uma clara referência ao estilo art déco dos prédios construídos na época da criação da capital, está chamando muito a atenção de quem mora aqui, nas proximidades”, diz o arquiteto.